Ricardo Pessoa, da UTC, deve depor hoje na CPI da Petrobras

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  Empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC
A CPI da Petrobras ouve hoje o depoimento do empresário Ricardo Pessoa, apontado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal como o coordenador do cartel de empreiteiras que atuava na Petrobras.
O depoimento do empresário foi autorizado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, e pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR).

A autorização foi necessária porque Pessoa, dono da empreiteira UTC, fez acordo de colaboração com a Justiça.

A UTC e a Constran, empresa do grupo do empresário, tinham contratos de mais de R$ 14 bilhões com a Petrobras. Ele é acusado de pagar propina em troca dos contratos por meio de duas empresas de fornecimento de tubos e conexões.

A convocação de Pessoa foi pedida por dez deputados da CPI, a maioria deles da oposição.
A reunião está marcada para às 14h, no plenário 3.

Doações

Em depoimentos, mantidos em sigilo, mas divulgados por vários veículos de comunicação, ele teria admitido que também pagou propina por meio de doações oficiais a partidos e políticos.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, Pessoa disse na Justiça que repassou R$ 3,6 milhões ao PT, dinheiro que teria sido usado na campanha de Dilma Roussef. O comitê de campanha de Dilma negou a informação.

Em junho, a revista Veja informou que Pessoa teria mencionado 18 políticos como beneficiários de dinheiro desviado da Petrobras.

É a terceira vez que a CPI marca o depoimento de Pessoa. Um dos sub-relatores da CPI, deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), disse esperar que desta vez ele compareça e fale. "Se por acaso ele resolver se calar, ele teráque ouvir. Nós estamos chegando ao final da CPI, e esse depoimento já deveria ter ocorrido. Não ocorreu porque a delação premiada dele, no momento em que estava marcada, não havia sido ainda divulgada, mas agora já há diversos trechos que foram divulgados, enfim, está no momento dele falar.”

Outros depoentes

Além de Pessoa, foram convocados para depor nesta terça-feira outras três pessoas: Sandra Guimarães, que é funcionária da UTC, e dois executivos da empresa Saimpem, Roberto Mendes e Giorgio Martelli.

A Saipem é uma empresa italiana acusada de pagar propina a diretores da Petrobras em troca de contratos para a construção de um gasoduto na bacia de Santos.  Fonte: Agência Câmara Notícias


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