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Rejane Oliveira decidiu entrar na política partidária |
Em Alto Longá, a 80 km de
Teresina, a capital do Piauí, não poderia ser diferente dos outros municípios
brasileiros no tocante a política partidária. Assim, os jovens entre homens e
mulheres decidiram participar de forma mais contundente do processo político
eleitoral deste ano.
Um exemplo disso foi o lançamento
da pré-candidatura a vereadora pelo Partido da República – PR, da jovem estudante
Rejane Oliveira, de apenas 22 anos de idade, durante uma reunião que aconteceu no
último domingo (10/7), no Povoado São Nicolau, na zona rural daquele município.
O ato contou com as presenças de várias lideranças políticas, entre as quais, a
presidente Municipal do PR, Patrícia Torres, e do pré-candidato a prefeito pela
sigla, Belauto Bigode, além do empresário Chagas Bigode. O PR de Alto Longá já
conta com duas pré-candidatas mulheres: Clizalda Rodrigues e Rejane Oliveira.
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Rejane Oliveira representante jovem no PR |
Na ocasião, apesar de tímida, Rejane
Oliveira fez um rápido discurso de apresentação sobre sua pré-candidatura à
vereadora de Alto Longá, pelo PR. Em entrevista ao Blog Ademar Sousa, por telefone, na tarde desta terça-feira (12/7),
Rejane Oliveira disse que o jovem não é um sujeito isolado do restante da
sociedade como um todo. Para isso, precisa ter seriedade e coragem no sentido
de enfrentar os obstáculos buscando apontar as soluções dos problemas de uma
cidade e do seu povo.
“Considero de suma importância à
participação dos jovens na vida pública de sua cidade natal e, sobretudo, de
seu País. Desta forma, estou preparada para enfrentar esse desafio na minha
vida. Sempre me interessei por politica partidária e, por isso, aceitei passar
por essa nova experiência”, afirma Rejane Oliveira.
Para ela, o debate político está
presente o tempo todo nos grupos de jovens, dentro ou fora da escola. Nas
conversas de corredores das escolas, nos espaços das igrejas, nos bares, a todo
instante os jovens estão partilhando suas vidas, comentando sobre problemas que
atravessam seus cotidianos. Hoje, os jovens discutem suas ideias no âmbito das
redes sociais: Facebook, WhatsApp, Twitter e Instragram, dentre outras
existentes.
VOTO FEMININO E A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA POLITICA PARTIDÁRIA
O decreto número 21.076 do ano de
1932 instituiu o voto feminino no Brasil. Há 84 anos, tal acontecimento foi um
avanço, embora de maneira restrita, pois somente mulheres casadas, viúvas e
solteiras com renda própria poderiam votar. Já em 1988, com a Constituição
Federal do Brasil, a conquista ao voto das mulheres foi ampliada através do
Artigo 5º, que defende a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Nas últimas três eleições houve
uma maioria feminina da população eleitora. Em 2008, por exemplo, no universo
de 130 milhões de eleitores, 51,7% eram mulheres. Essa maioria vem se mantendo
estável ao longo dos anos. No pleito de 2010, elas somaram 51,8% dos 135
milhões de eleitores. Nas eleições de 2012, as mulheres representaram 51,9% dos
140 milhões de eleitores. Em 2014, os números permaneceram praticamente os
mesmos da eleição anterior.
No entanto, segundo o Tribunal
Superior Eleitoral - TSE, as mulheres ocupam baixos percentuais de vagas nos
cargos eletivos no Brasil: 10% são ocupados por deputadas federais e 14% por
senadoras. De maneira idêntica, essa situação se reflete nas Assembleias
Legislativas Estaduais e nos poderes Executivos e em número ainda menor nas
Câmaras de Vereadores.
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