A Secretaria Municipal de Saúde
de Timon (SEMS) está veiculando informações nas rádios, por meio de entrevistas
e posts, e na internet sobre a vacinação contra febre amarela. A proposta é
esclarecer quem precisa se vacinar contra a doença neste momento e explicar
para a população que não há necessidade de vacinação de todos.
De acordo com a enfermeira
Itelmária Escócio, diretora de Epidemiologia, a vacinação é destinada a grupos
prioritários – neste caso, pessoas que vivem ou irão viajar para áreas afetadas
pela febre amarela no País, como: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito
Santo, oeste da Bahia, além do noroeste do Rio de Janeiro, que está localizado
na divisa com áreas onde há registros de casos.
“Essas pessoas devem procurar a
unidade de saúde mais próxima de sua casa para tomar a vacina. A população que
não vive na área de recomendação, ou não vai se dirigir a áreas consideradas de
risco, não precisa se vacinar neste momento”, explica a enfermeira.
Atualmente, o esquema de
vacinação da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para
crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos
de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Dos seis aos
nove meses de idade incompletos, a vacina está indicada somente em situação de
emergência epidemiológica ou viagem para área de risco.
Para adultos que não tomaram as
doses na infância, a orientação é uma dose da vacina e outra de reforço, dez
anos depois da primeira. Quem perdeu o cartão de vacinação deve procurar o
serviço de saúde que costuma frequentar e tentar resgatar o histórico. Caso
isso não seja possível, a recomendação é iniciar o esquema normalmente.
Recomendações sobre a vacina
Viagens
Os viajantes que forem se dirigir
a uma área com recomendação de vacina – tanto estrangeiros quanto brasileiros –
e que não completaram o esquema de duas doses, a recomendação é que sejam
vacinados pelo menos dez dias antes da viagem, tempo necessário para o
organismo criar anticorpos e ficar devidamente protegido. Quem tomou a primeira
dose há menos de dez anos não precisa adiantar o reforço.
Contraindicações
Pessoas a partir de cinco anos de
idade que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação devem receber a
primeira dose da vacina, e um reforço dez anos depois. Vale destacar que a
situação deve ser informada ao profissional de saúde, para que seja possível
avaliar se há contraindicação.
A vacina é contraindicada para
crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres
que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e
pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de
surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o
benefício e o risco da vacinação para esses grupos, levando em conta o risco de
eventos adversos.
Outra recomendação é que a vacina
para febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina tríplice
viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (que
protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela).
Se a criança tiver alguma dose do
Calendário Nacional de Vacinação em atraso, ela pode tomar junto à da febre
amarela, com exceção da tríplice viral ou tetra viral. Para a criança que não
recebeu a vacina para febre amarela, nem a tríplice viral ou tetra viral, e for
atualizar a situação vacinal, a orientação é receber a dose de febre amarela e
agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para 30 dias depois.
Fonte: Ascom/Sems
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