Não bastasse a denúncia contra o
ex-secretário adjunto da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária,
Danilo dos Santos Silva – e sua prisão pela Polícia Federal na última
terça-feira, 21 -, essa pasta do governo Flávio Dino encontra-se na berlinda
por um motivo complicado: a denúncia de fraude em um seletivo para agente
penitenciário, que já chegou às barras da Justiça.
Mais de 100 agentes questionaram
o concurso, que quis reprová-los por causa de uma redação sem tema, o que não
estava previsto no edital. Alguns ganharam o direito individual de fazer a
etapa física. O governo comunista, no entanto, tem-se recusado a cumprir
determinação judicial que manda reenquadrar a maioria dos reprovados nas etapas
seguintes do certame, mesmo diante de multa diária de R$ 1,5 mil.
O concurso foi realizado em
dezembro. Dos inscritos, mais de 100 foram reprovados por causa da tal redação.
Ao ser denunciada, a empresa responsável pelo concurso informou que já havia
recorrigido as provas, induzindo a Justiça a erro. Ocorre que os candidatos apresentaram
documento da própria empresa, recusando-se a recorrigir a prova.
Foi o bastante para que o
Tribunal de Justiça determinasse a inclusão dos candidatos no TAF. A partir
daí, no entanto, foi a própria Secretaria de Administração Penitenciária quem resolveu
bater o pé e recusar-se a fazer os exames. O resultado é a multa diária de R$
1,5 mil.
Os candidatos, que foram à
Assembleia pedir ajuda dos parlamentares, denunciam a Seap por se recusar a
incluí-los nas etapas porque está usando o concurso para enxertar parentes e
indicados dos diretores da pasta. E esta nova denúncia deve ser apurada pela
Comissão de Segurança Pública da Assembleia.
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