Secretário de Desenvolvimento Rural (SDR), Francisco Limma e Joelson Giodarni |
O Estado do Piauí perdeu metade
da plantação de cajueiros por causa da seca que afeta gravemente o semiárido
piauiense. A revelação foi feita pelo titular da Secretaria de Desenvolvimento
Rural (SDR), Francisco Limma, em entrevista ao Acorda Piauí, hoje cedo na rádio
Cidade Verde.
Em números precisos, a perda
representa 100 mil hectares de caju, correspondendo a exatos 48% da área
ocupada por essa cultura. Limma ressalta o forte impacto econômico desse efeito
da seca, tirando receitas do Estado e oportunidade de trabalho de muitas
famílias, em especial no semiárido.
A situação mais dramática é na
região de Picos, Fronteiras e Pio IX. Segundo Francisco Limma, é visível o
vazio encontrado ao longos das estradas em áreas antes ocupadas por pés de
cajus. O secretário adiantou que o governo do Estado vai levar a cabo um
programa de mudas no sentido de recuperar áreas de cajueiros. A meta é
distribuir 2 milhões de mudas.
Lima reconhece, no entanto, que a
seca dificulta essa tarefa, já que a falta de umidade reduz a possibilidade da
muda vingar. Em razão disso, o estado estuda a alternativa de usar um tipo de
gel no momento do plantio, o que facilitaria a absorção de umidade e melhor
resposta das sementes e mudas.
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Secretário Francisco Limma e os jornalistas Fenelon Rocha e Joelson Giordani |
Urgência para enfrentar falta d’água
Na entrevista ao Acorda Piauí,
Francisco Limma falou sobre os problemas de abastecimento d'água no interior do
Estado, em razão da longa seca que atinge o Piauí. Os problemas afetam uma
vasta área do território piauiense, desde Pimenteiras até a região de São
Raimundo Nonato.
Lembrou que algumas barragens,
como a de Pio IX e São Raimundo Nonato, têm nos reservatórios menos de 10% da
capacidade de acumulação de água. Essa situação levou o governo a adotar uma
espécie de racionamento em 40 municípios.
O secretário ressalta que esse
racionamento é em áreas urbanas, que se soma ao programa de carros pipas
operacionalizado pelo Exército, que atende a zonas rurais de mais de 60
municípios. A tendência é que a situação se agrave ainda mais até o segundo
semestre, o que deve implicar na ampliação do número de pessoas atendidas por
carro pipa.
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