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Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) |
A Justiça do Distrito Federal
condenou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a perder o mandato e ainda
suspendeu seus direitos políticos por oito anos por improbidade administrativa,
motivada por enriquecimento ilícito e recebimento de vantagem patrimonial
indevida. Quem deu a sentença foi o juiz Waldemar Carvalho, da 14ª Vara
Federal. Renan pode recorrer da decisão sem deixar o cargo.
O processo é relacionado ao caso
do pagamento de pensão a um filho que Renan Calheiros teve fora do casamento.
Por meio de nota, Renan Calheiros
disse que não conhece a decisão, que está sob segredo de Justiça, mas que, se
for confirmada, vai recorrer com serenidade.
Renan foi condenado por
enriquecimento ilícito e vantagem patrimonial indevida. A defesa do senador
pode apelar ao próprio juiz da 14ª Vara Federal do DF ou ao Tribunal Regional
Federal (TRF) da 1ª Região.
O caso quase tirou de Renan da
Presidência do Senado em 2007, depois que a jornalista Mônica Veloso, com quem
ele tinha uma filha fruto de um relacionamento extraconjugal, denunciou que o
senador pagava a pensão da criança com dinheiro de um lobista da empreiteira
Mendes Júnior. Renan escapou de ter o mandato cassado após ser absolvido em
votação em plenário.
Mas após seis meses de denúncias,
o senador Renan Calheiros renunciou em dezembro de 2007 à presidência do Senado
como estratégia para evitar a cassação do mandato no plenário do Senado pela
acusação de ter sociedade, por meio de "laranjas", com o usineiro
João Lyra em duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas.
Outras investigações
Além de oito inquéritos em que é
investigado na Lava Jato, Renan ainda responde a outros três inquéritos no STF,
sendo um da Operação Zelotes – que apura um esquema de compra de sentenças no
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) –, um sobre fraudes na
construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e outro sobre movimentação
financeira suspeita. Fonte: G1
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