De O Estado do Maranhão
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(Foto: Paulo Soares/O Estado) |
A nova superintendente da Polícia
Federal no Maranhão, delegada Cassandra Parazi, rebateu ontem – ao tomar posse
oficialmente no cargo – as críticas do governador Flávio Dino (PCdoB) e de
aliados do Palácio dos Leões à Operação Pegadores, que revelou desvios de, pelo
menos, R$ 18 milhões na Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Após a deflagração da ação
policial, o próprio chefe do Executivo e setores do comunismo local atribuíram
as investigações a perseguição política.
Segundo Parazi, a reação dos
governistas não tem razão de ser. “Infelizmente o governo acredita que nós
fizemos uma perseguição política. Não é isso o que fazemos. A Polícia Federal
tem como função precípua investigar fatos”, disse ela, em entrevista a O Estado
após a solenidade de posse.
De acordo com a nova comandante
da PF no estado, o fato de apuração ter atingido membros da gestão comunista
tem relação apenas com as ações praticadas por cada um dos acusados.
“Nós chegamos a pessoas e a
determinadas funções de governo, posições de destaque, por conta dos fatos em
que as pessoas estão envolvidas. Nós apuramos fatos, se as pessoas praticaram
crimes, infelizmente elas vão responder pelos fatos”, completou.
Competência
Cassandra Parazi também comentou
o fato de que o governo, por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), arguiu
a incompetência dos federais para investigar o desvios de recursos públicos da
Saúde do Maranhão. Em documento encaminhado à juíza do caso, Paula Souza
Moraes, substituta da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal no Maranhão, a PGE
alega que as verbas desviadas seriam do Tesouro Estadual e não oriundas da
União (saiba mais).
A O Estado, a superintendente
declarou que quem demandou a investigação por parte da PF foi o Ministério
Público Federal (MPF) e acrescentou que a alegação do Executivo sobre a
competência para investigar o caso será decidida pela Justiça Federal.
“Na verdade nós fomos demandados
pelo Ministério Público Federal a apurar esses fatos. No curso das
investigações, o Governo do Estado tem destacado que não há desvio de recursos
federais, mas isso certamente vai ser decidido pela Justiça, pelo Tribunal
[Regional Federal].
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