Taxar grandes fortunas, lucros e
dividendos das empresas são alternativas apresentadas pela senadora Regina
Sousa para a Previdência do Brasil. Ela e a senadora Gleisi Hoffmann são
autoras de um projeto de lei, aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do
Senado e aguardando a apreciação no plenário, que prevê a redução dos salários
dos senadores. "Reduzindo os grandes salários também ajudamos a desafogar
a previdência. Juízes, desembargadores, procuradores e outros também poderiam
adotar esse gesto", defende a senadora.
O assunto foi abordado com
profundidade pela parlamentar durante as visitas aos municípios piauienses de
Marcolândia, Caridade do Piauí, Curral Novo, Simões e Cadeirão Grande do Piauí
no último final de semana. Na oportunidade, a senadora conversou com
trabalhadores e trabalhadoras e lideranças políticas sobre a importância de
reagir nesse momento final, considerando que a Reforma da Previdência deve ser
colocada em votação até dia 19 de dezembro.
Em Marcolândia, a senadora Regina
Sousa acompanhou os deputados Assis Carvalho e Franscisco Limma, secretário de
Desenvolvimento Rural, em visitas na cidade. Durante solenidade ela alertou
para cortes orçamentários e os retrocessos na proposta da reforma da
Previdência.
Em Caridade do Piauí, a senadora
foi recebida na Sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ao falar das
mudanças na legislação trabalhista, Regina alertou para o risco do trabalho
intermitente. "É a modalidade em que o patrão assina a carteira, mas só
chama o trabalhador no dia que precisar e este só ganha pelos dias trabalhados.
Pode ganhar menos que o salário mínimo e ainda tem que pagar a própria
previdência. Dessa forma, nunca vai se aposentar", esclareceu.
O momento, segundo a senadora
Regina, é oportuno para pressionar vereadores e prefeitos a lutarem contra a
reforma da previdência. O prefeito de Curral Novo, Junior Abel (PMDB),
participou da palestra proferida pela senadora na sede do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais e defendeu a não aprovação da Reforma. "Não acredito
na aprovação dessa reforma. Já pedi ao meu deputado federal Marcelo Castro que
não vote. O impacto para os municípios pequenos é enorme", declarou.
Em Simões, a senadora concedeu
entrevista na Rádio Veredas FM acompanhada de Adalberto Carvalho, presidente do
PT local, e o vereador Luciano César (PT), e fez visita ao prefeito Zé Ulysses
(PP) solicitando o seu apoio na luta pela não aprovação da Reforma da
Previdência.
"No governo de Temer, os
mais pobres são os mais penalizados", declarou a senadora Regina durante
mais uma explanação na Câmara Municipal de Caldeirão Grande. A contribuição por
40 anos para receber o valor integral é um dos itens polêmicos do texto.
"O PT não é contra a Reforma. Somos contra do jeito que ela está. Não pode
ser o mais pobre quem vai pagar a conta", afirmou. A CPI da Previdência
confirmou a existência de um rombo na previdência brasileira e os maiores
devedores são os grandes bancos e o próprio governo.
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