Flávio Dino numa sinuca de bico para agasalhar aliados |
Ninguém vai mostrar publicamente
ou dar declarações comprometedoras – afinal, o governo ainda nem começou -, mas
já é grande a lista de descontentes com a montagem do secretariado pelo
governador eleito Flávio Dino.
E a lista tem nomes e sobrenomes:
os deputados federais derrotados Simplício Araújo e Domingos Dutra (SDD), os
estaduais que mudaram de lado na reta final da campanha – e perderam a eleição
– como Camilo Figueiredo (PSD), Marcos Caldas (PRB) e Hélio Soares (PMDB), o
senador eleito Roberto Rocha (PSB), a deputada federal mais votada Eliziane
Gama (PPS) e os líderes partidários Weverton Rocha (PDT) e Waldir Maranhão
(PP).
Eles reclamam não estarem sendo
atendidos em suas indicações para o futuro governo.
Flávio Dino tem usado critérios
pessoais para montar seu governo, nomeando gente com ligações pessoais a ele
próprio.
Nem mesmo os nomes ligados ao
PCdoB, como Márcio Jerry (Articulação Política), Jefferson Portela (Segurança),
Clayton Noleto (Infraestrutura) e Joslene Rodrigues (chefe de Gabinete) foram
nomeados por indicação partidária, mas pela ligação pessoal com o próprio
governador eleito.
Além de Flávio Dino, apenas o
deputado estadual eleito Humberto Coutinho (PDT) conseguiu ocupar espaços no
futuro governo.
Além de ser o preferido de Dino
para a presidência da Assembleia Legislativa, Coutinho emplacou no governo a
chefe do Cerimonial
.
Telma Moura e a titular da
Secretaria de Cidades, Flávia Moreira.
A postura do governador, de
decidir por si só as indicações e exercer abertamente o poder de veto que
detém, tem incomodado os aliados, mas garante a ele o poder absoluto sobre o
próprio governo, para o bem ou para o mal.
E como ninguém mostra-se com
coragem suficiente para peitar o futuro chefe do Executivo neste momento de
lua-de-mel com o eleitorado, vão ter que “engolir” o choro” até o momento mais
propício.
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