Do Blog Camarão Seco
Humberto Coutinho, candidato à Presidência da Assembleia e os dois integrantes da Oligarquia Coutinho: a esposa Cleide e o sobrinho, Léo, prefeito de Caxias |
A cidade de Caxias precisa ser
conhecida melhor pelo resto do Estado. Administrado pelo prefeito Leonardo
Barroso Coutinho, o município é uma espécie de feudo da família Coutinho. Até a
única maternidade municipal, envolvida em uma escandalosa sequência de mortes
de mais de 100 bebês no ano passado, leva o nome de “Carmosina Coutinho”,
genitora do oligarca Humberto Coutinho, candidato da preferência do governador
Flávio Dino à presidência da Assembleia Legislativa do Estado. Nem a mãe dele
foi poupada de ter o nome associado às tragédias nas vidas de dezenas de mães
caxienses.
A lista de acusações do
Ministério Público Eleitoral contra Humberto Coutinho, durante sua gestão como
prefeito de Caxias, foi da compra de votos e distribuição de bens públicos
durante a campanha à contratação irregular de pessoal e servidores no período
vedado. Livre das condenações, Coutinho entregou a Prefeitura de presente para
o sobrinho Léo Coutinho. A maior obra do prefeito são casas populares
construídas pela empresa Amorim Coutinho, do pai Eugênio, que fatura alto com o
Programa Minha Casa, Minha Vida.
A Oligarquia Coutinho é um dos
pilares de sustentação política do governador eleito Flávio Dino (PCdoB). O
deputado estadual Humberto Coutinho foi um dos “padrinhos políticos” do
ingresso do governador na política, em 2006. O então governador Zé Reinaldo
mandava drenar dinheiro de convênios para o município então administrado por
Coutinho que, por sua vez, “patrocinava” a campanha do comunista. Não foi por
acaso que, eleito deputado federal, Dino destinou milhões de reais em verbas
parlamentares para a cidade de Caxias.
Agora a retribuição do governador
eleito será maior ainda. Em Caixas, o terceiro maior colégio eleitoral do
Estado, Dino obteve 57,64% dos votos, ou seja, quase 39 mil eleitores nestas
eleições. Reunido com o círculo mais restrito de aliados, o governador do
Estado prevê um ciclo de 20 anos de poder no Maranhão. E, para isso conta com
Coutinhos, Macedos, Rochas e outros que, ao invés de mudar, condenam a vida da
população de seus municípios à pior espécie de serviços públicos. Alguns
resultam até em mortes.
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