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Deputado estadual Alexandre Almeida (PSD) |
Em entrevista ao Blog do Ludwig o
deputado estadual Alexandre Almeida (PSD), tratou de alguns assuntos
relacionados às últimas eleições em Timon que ele participou na condição de
candidato a prefeito. Sobre a disputada o parlamentar considerou desigual e disse
que lutou contra duas máquinas, no caso a prefeitura e o governo do estado. Ele
também tratou sobre as doações de campanha do prefeito Luciano Leitoa e fez uma
revelação sobre um dos doadores.
Confira abaixo a íntegra da
entrevista:
A que o senhor atribui sua derrota
nestas eleições em Timon?
Nessa eleição, não tivemos uma
disputa entre dois candidatos, mas sim entre um candidato de um lado e duas
máquinas do outro: a prefeitura de Timon e o governo estadual. Por essa razão,
tivemos uma eleição muito desigual. A prefeitura nunca empregou tanta gente
como na véspera do início da campanha eleitoral; o governo estadual teve todo o
tempo para colocar asfalto em nossa cidade, mas resolveu colocar na boca da
eleição; na praça São José começaram a obra da reforma, inclusive sem placa, já
no período eleitoral. Até passaram a receber currículos numa estrutura do
Parque Empresarial; o governador só no período da campanha veio três vezes a
Timon. Por isso, tenho a tranquilidade em dizer, que não perdemos para um
candidato, perdemos para uma estrutura de poder gigantesca que organizaram
contra nós.
O senhor já afirmou que tem o
sonho de administrar Timon. A sua busca por este sonho continua?
Continuo sim com o sonho de
administrar minha Timon, pois acredito muito no potencial de nossa cidade.
Estamos numa localização geográfica fantástica. Temos tudo para desenvolver
nosso município, gerar emprego e renda, enfim melhorar a vida da nossa gente. O
que queremos na verdade é só uma oportunidade, e com tudo que construímos
politicamente até aqui, estou muito confiante que estamos muito perto de ter
essa oportunidade. Na eleição passada para prefeito, tivemos pouco mais de 5
mil votos, nessa eleição, com o apoio de muitas lideranças e a união da oposição,
ficamos na casa dos 38 mil votos, então não tenho dúvidas que o futuro está se
abrindo para a nossa geração.
O prefeito reeleito acusa a
oposição de promover um segundo turno através da justiça eleitoral. O que o
Senhor tem a dizer sobre isso?
É impressionante como o prefeito
sempre foge da verdade. Se o candidato eleito está com algum problema na
justiça eleitoral, porque recebeu quase três mil doações irregulares, isso nada
tem a ver com a oposição, e sim com a forma que ele utilizou para financiar sua
campanha. Esse processo nasceu por iniciativa da própria justiça eleitoral, que
analisando a prestação de contas do candidato eleito identificou essas
irregularidades. Então, se o candidato já está preparando seu grupo para alguma
decisão judicial, que ele seja honesto em dizer por que está nessa situação, e
não venha politizar um assunto muito sério, como esse que ele está envolvido.
Nos depoimentos colhidos pela justiça eleitoral tem um cidadão que é doador, é
cadastrado no Bolsa Família e ainda é empregado na prefeitura recebendo mais de
R$ 2 mil reais. Isso é muito grave. Esse é um depoimento, de centenas que estão
sendo colhidos, que confirmam captação ilícita de recursos.
O senhor sai magoado dessa
campanha por não ter logrado êxito ou por algum episódio durante o pleito?
Não posso sair magoado de uma
eleição obtendo mais de 38 mil votos. É lógico que queríamos vencer a disputa,
e lutamos muito para isso. Tenho a consciência que fizemos tudo que estava ao
nosso alcance, mas como disse acima, a luta foi desigual. Fazendo uma
retrospectiva sobre o que aconteceu em nossa campanha, só posso ficar orgulhoso
por tudo que foi feito pelas lideranças e pelo povo timonense, que me deram a
oportunidade de fazer uma campanha alegre, respeitosa e com muito sentimento.
Como pretende continuar seu
trabalho como deputado estadual em relação à Timon, a partir de agora? Acha que
deve mudar em relação a alguma coisa? E em relação ao restante do Maranhão?
A lei não me proibia, mas eu não
considerava correto ser candidato e ao mesmo tempo exercer o mandato de
deputado estadual, por essa razão eu tirei licença de quatro meses sem
vencimentos. Devo voltar à Assembleia em dezembro. Quando voltar ao exercício do mandato, iremos
continuar trabalhando pelo bem de nosso Estado e, em especial, do nosso
município de Timon, pois nosso compromisso é com a nova política.
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