A quebra de acordos na Assembleia
Legislativa do Maranhão tem provocado mal-estar entre deputados governistas e
de oposição. O atrito foi registrado nas duas últimas sessões da semana, e
deixou o presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT), pivô em um caso
específico, em situação delicada.
Na terça-feira, quando a falta de
quórum inviabilizou a apreciação de matérias da Ordem do Dia, o deputado
estadual Eduardo Braide (PMN) pediu a confirmação à Mesa Diretora, quanto à
data da votação da Medida Provisória (MP) 230/2017, que altera o Estatuto do
Magistério. Na ocasião, os professores estavam presentes na galeria da Casa.
Humberto Coutinho, que presidia a
sessão, assegurou que a pauta seria apreciada na quinta-feira. Ocorre que na
quarta-feira, uma manobra da base governista, liderada por Rogério Cafeteira
(PSB), antecipou a votação para uma sessão extraordinária realizada na mesma
data.
A estratégia era evitar degaste
ao Governo, com a presença de professores da rede pública estadual, que já
haviam assegurado participação na sessão do dia seguinte.
Foi o que provocou o mal-estar no
Plenário. Eduardo Braide (PMN), Max Barros (PRP), Edilázio Júnior (PV),
Alexandre Almeida (PSD), Andrea Murad (PMDB), Adriano Sarney (PV), Wellington
do Curso (PP) e Souza Neto (PROS) cobraram de Humberto Coutinho o cumprimento
do acordo, e votação da matéria no dia seguinte.
Líderes da bancada governista,
reagiram e defenderam a manobra no Plenário, mantendo a votação da MP 230/2017
para aquela data. Além de Cafeteira, Rafael Leitoa (PDT), líder do Bloco
Parlamentar Unidos Pelo Maranhão e Othelino Neto (PCdoB), vice-presidente da
Casa, atuaram pelo Governo.
O resultado foi aprovação da MP,
em meio à polêmica, e o forte degaste do Governo, uma vez que os professores
acabaram conseguindo chegar a tempo no Legislativo e pressionaram os deputados
governistas.
Desgaste – Na sessão de ontem
também houve mal-estar na Casa, após Humberto Coutinho sugerir novo acordo. O
entendimento entre as bancadas consistia na concessão de apenas 5 minutos, para
cada bloco, para que uma sessão solene, marcada para as 11h, não acabasse
inviabilizada.
Depois de iniciados os discursos
o deputado Rafael Leitoa sugeriu alteração da proposta para que pelo menos mais
dois deputados de seu bloco utilizassem a tribuna.
Foi o que motivou a reação
imediata de membros do Bloco Parlamentar Independente e do Bloco de Oposição.
Ambos ameaçaram também utilizar todo o expediente possível na ocasião, caso o
acordo fosse quebrado.
Humberto interveio e desautorizou
Rafael Leitoa, que recuou da proposta. O clima, contudo, ficou acirrado. (Com
informações de O Estado do Maranhão).
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