MA: Deputados pedem que STF apure vazamento de delação a Flávio Dino

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Os deputados estaduais Adriano Sarney (PV), Edilázio Júnior (PV), Sousa Neto (Pros) e Andrea Murad (PMDB) e o deputado federal Hildo Rocha (PMDB) protocolaram nesta semana uma representação ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a abertura de investigação do suposto vazamento da delação do ex-funcionário da Odebrecht José de Carvalho Filho ao governador Flávio Dino (PCdoB).

O comunista foi delatado como destinatário, em 2010, de uma doação de R$ 200 mil por meio de caixa dois. O dinheiro, disse o ex-Odebrecht, foi pago em troca do apoio de Dino, então deputado federal, ao Projeto de Lei nº  2.279/2007, de interesse da empreiteira.

O conteúdo do depoimento estava em sigilo.

No dia 13 de março partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR) o pedido de investigação do caso e o levantamento do sigilo. No dia 4 de abril o ministro autoriza a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) – que é o foro competente para julgar governador – e quebra o sigilo das investigações.

Essas duas informações só chegam ao público em geral no dia 11 de abril.

Mas, tão logo teve seu nome confirmado na nova lista da Lava Jato, Flávio Dino lançou mão de uma certidão da Câmara dos Deputados informando que ele não deu qualquer parecer no Projeto de Lei nº  2.279/2007.

Data do documento: 17 de março. Quase um mês antes de a publicização das decisões, portanto (reveja).

E é isso o que os deputados querem que se investigue.

Outro lado

Em nota, o PCdoB afirmou que o pedido do governador foi feito após especulações na mídia sobre a possibilidade do nome do comunista ter sido citado por delatores da Odebrecht.

“Ciente que sua única relação institucional com a construtora naquele ano havia sido uma reunião para debater projeto de lei de interesse da empresa, a assessoria do governador mapeou que situação poderia gerar alguma ilação e solicitou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara uma certidão de que não havia apresentado parecer sobre a proposta”, diz trecho do comunicado.  (Com informações do Blog do Gilberto Léda). 




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