Por Andrea Murad*
O
Governador Flávio Dino, nesses mais de três anos de governo, ficou conhecido e
taxado pelo povo de várias maneiras: perseguidor, caloteiro, mentiroso, mau
pagador, mais imposto, dinóquio, aluguel camarada, cuba – no caso da propina da
Odebrecht – entre muitos outros.
Agora
ganha mais um, o “Rei dos Empréstimos Eleitoreiros” e se torna o único
governador que, tendo recebido em caixa do governo passado mais de R$ 3 bilhões
de reais, endividou o Estado em mais R$ 2 Bilhões sem uma obra de vulto que
justifique essa cifra bilionária. Não há uma grande obra do governo Flávio
Dino. As que têm, são aquelas iniciadas no governo Roseana, em sua grande
maioria já em fase de conclusão, como os hospitais e a adutora do Italuís, do
ex-deputado Ricardo Murad, e as do Programa Viva Maranhão, como as estradas.
Esse
novo empréstimo de R$ 500 milhões prevê a execução do Programa Corredor de
Transporte e Integração Norte-Sul do Maranhão. Pelo que foi encaminhado à
Assembleia Legislativa, não há qualquer informação de como serão aplicados os
recursos, como também nada a respeito do detalhamento técnico da obra.
Mas,
é fato que a rodovia MA 006 é responsável pelo escoamento de grande parte da
produção de soja, milho e arroz do Maranhão, milhões de toneladas e precisa ser
pavimentada. Um dos fatores preocupantes nessa obra é a qualidade do asfalto e
das obras de infraestrutura do governo. O asfalto das rodovias e vias urbanas,
nesses quase quatro anos, não dura um inverno e se acaba, desperdiçando
dinheiro público onerado pelos juros dos empréstimos. De tão ruim, é conhecido
como “asfalto sonrisal”, “borra”, que o governo coloca de qualquer jeito e não
resiste nem 6 meses.
Com
esse empréstimo, há poucos meses da eleição, Flávio Dino tenta enganar mais uma
vez a população da região sul, como fez durante sua campanha em 2014 ao afirmar
que iria concretizar um sonho de décadas que nenhum governador realizou. O que
se constata é que, além de não cumprir a promessa de campanha, faz pior que
todos os outros, que pelo menos mantinham o tráfego com obras emergenciais
custeadas pelo próprio Estado e não pelos produtores.
Não
sou contra os empréstimos, mas sou contra a forma como Flávio Dino os contrata
e aplica os recursos. Ele não permite que a Assembleia fiscalize, monitore,
acompanhe e proponha ajustes. Sabemos que mais esse projeto de endividamento do
Estado, em época de eleição, faz parte da estratégia midiática para compensar o
grande desgaste do governo pelas péssimas condições das estradas do sul do
estado.
Votarei
a favor do empréstimo porque será utilizado pelo próximo governador a ser
eleito em outubro. Este ano, Flávio Dino não conseguirá sequer licitar a obra,
cujo valor ultrapassa R$ 500 milhões de reais, dada a magnitude e complexidade
do projeto. Com a aprovação do empréstimo agora, ganharemos tempo e, com toda
certeza, poderá ser iniciada em 2019 para felicidade de todos da região sul,
pois beneficiará centenas de milhares de maranhenses que sofrem pelas péssimas
condições das estradas em dezenas de municípios que tanto contribuem para o
desenvolvimento do estado.
*Deputada estadual
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