O anúncio feito semana passada pelo governador Flávio Dino
(PCdoB) de que a primeira parcela do 13º salário será paga antecipadamente, no
próximo dia 14, nada mais é do que uma artimanha do comunista após a derrota da
semana passada, no julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da ação
rescisória que obriga o Estado a ressarcir a diversas categorias do serviço
público estadual a diferença salarial de 21,7%, referente a perdas d e
remuneração passadas. Com o pagamento adiantado de metade do abono, Dino
acredita que limpará sua barra com o funcionalismo, mesmo após travar acirrada
disputa nos tribunais locais e na mais alta corte judiciária do país para não
pagar o que trabalhadores reivindicavam e o que o governo de fato devia.
Há quase três anos e meio, quando teve início a gestão
comunista, servidores públicos amargam uma política cruel de achatamento
salarial. Professores do Maranhão jamais receberam o piso nacional da
categoria, que lhes é garantido por lei, e deve ser atualizado todo mês de
janeiro.
Uma forma de compensar os ganhos a menos era a ação
rescisória dos 21,7%, mas estava não foi bem recebida por Flávio Dino, que
tentou, a todo custo, barrá-la na Justiça e obteve algumas vitórias em nível
estadual, mas foi derrotado pela mobiliação e diligência do Sindicato dos
Trabalhadores no Serviço Público do Estado do Maranhão (Sintsep).
Tabela
Tão logo assumiu o governo, Flávio Dino anunciou a mudança da
tabela de pagamento que assegurava o pagamento dos salários dos servidores
públicos estaduais dentro do mês trabalhado, o que gerou forte insatisfação na
classe e obrigou o comunista a recuar e manter o hábito de antecipar a folha.
Soa estranho que agora, em pleno ano eleitoral, por uma passe
de mágica, o Estado passe a ter previsão financeira para pagar antecipadamente
a primeira parcela do 13º salário, que, pelo calendário, só seria creditada na
conta do funcionalismo em 2 de julho. E a crise constantemente alegada pelo
governador para não promover as benfeitorias que o Maranhão tanto precisa e
que, inclusive, suscitou a ameaça de atraso da folha em um futuro próximo
Da mesma forma promover gastos diversos de dinheiro público,
que em vez de se reverter em benfeitorias para o povo, podem configurar abuso
de poder político e econômico, crime que em um passado não tão distante, já
levou à cassação do mandato de um governador maranhense. (Do Blog do Daniel
Matos).
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