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Governador Flávio Dino e o assessor Paulo Guilherme |
A postura do ex-secretário Márcio Jerry à frente do PCdoB do
Maranhão levou o governador Flávio Dino a perder um de seus homens de
confiança. O advogado Paulo Guilherme de Araújo, que veio de Brasília para ser
um dos homens fortes de Dino, apresentou carta de desfiliação do PCdoB depois
de 20 anos como filiado da legenda. Em sua breve carta, Paulo diz que vinha
sendo minado politicamente dentro do partido por Márcio Jerry, desde que comanda a estrutura comunista no Maranhão.
“Alguns fatos políticos desagradáveis, para afirmar o mínimo,
relacionados à minha relação de militância sob a gestão do presidente Márcio
Jerry, notadamente fatos que suscitam questões relacionadas aos fatores de
confiança e desconstrução de minha imagem, me fizeram entender que não há mais
ambiente político, pra minha permanência nos quadros de filiados do PCdoB,
portanto, necessária minha saída”, afirmou Paulo Guilherme de Araújo em carta
ao PCdoB.
Guilherme iniciou sua relação política – e de amizade com
Flávio Dino – quando o comunista do Maranhão assumiu o comando da Empresa
Brasileira de Turismo (Embratur), no início do primeiro mandato da então
presidente Dilma Rousseff (PT).
Até então assessor do então ministro dos Esportes, Orlando
Silva, ele foi para Embratur auxiliar Dino, sendo nomeado chefe de gabinete.
Além da relação de trabalho na empresa, as relações partidárias e também de
amizade se estreitaram o que levou Dino a trazer Guilherme para o Maranhão logo
após ser eleito governador, em 2014.
Araújo foi nomeado presidente da Comissão Central de
Licitação (CCL), cargo que ele foi exonerado após pedido. Depois da exoneração
– que levou a questionamento da direção nacional ao núcleo estadual do PCdoB –
Paulo Guilherme foi nomeado assessor especial do gabinete de Dino.
Por ser homem de confiança do governador, Paulo Guilherme
entrou em rota de colisão com Márcio Jerry, que – segundo apurou O
Estado – usou toda a estrutura partidária para defenestrar Paulo
Guilherme ao ponto de evitar compartilhamento de informações da legenda com o
então assessor do governador.
Os boicotes políticos (e também dentro da gestão comunista)
acabaram levando Paulo Guilherme de Araújo a pedir desfiliação do PCdoB. A
previsão é de que ele também peça exoneração do cargo de assessor especial e
volte ao Rio de Janeiro, de onde é natural.
A carta de desfiliação de Paulo Guilherme já trouxe questionamentos
da direção nacional que busca saber os motivos para atitude radical de um
militante que pertence aos quadros do partido há 20 anos. Ou seja, um membro
que chegou ao PCdoB antes mesmo de Flávio Dino e Márcio Jerry que pertenciam,
na verdade, ao PT até 2006. (Com informações do Blog do Gilberto Léda/O Estado do Maranhão).
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