Deputados Edilázio, Braíde e Jerry
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A notícia de que os governos de Brasil e Estados Unidos
concluíram na semana passada as negociações do novo Acordo de Salvaguardas
Tecnológicas (AST) – que permite o uso comercial da base de Alcântara, no
Maranhão – repercutiu positivamente entre deputados federais maranhenses, que
ainda devem ser ouvidos no processo de análise das tratativas.
Ouvidos por O Estado, membros da bancada mostraram apoio à
proposta, de forma geral, mas sempre ressalvando que recursos advindos da
parceria também devem ser revertidos para a cidade.
O deputado Edilázio Júnior (PSD) destacou o fato de que o
acordo garante a soberania nacional. “Pelo que vi e li, creio que é benéfico
para o país, uma vez que vai garantir a soberania nacional e nós vamos auferir
um lucro do uso comercial da base, então esse recurso já vai servir para
aumentar as nossas tecnologias. As divergências que havia há quase 20 parece
que conseguiram sanar”, declarou.
“Melhor do que deixar nossa base obsoleta e apenas consumindo
recursos da União. Por que não fazer dela algo lucrativo para a União?”,
questionou o parlamentar.
Para Eduardo Braide (PMN), é importante que sejam garantidas
melhorias à comunidade alcantarense, e, ainda, a expansão do Centro de
Lançamento de Alcântara (CLA) para um Centro Espacial Aéreo (CEA).
“Que as comunidades alcantarenses estejam incluídas nesse
projeto de desenvolvimento e que seja concretizada a expansão do CLA para um
Centro Espacial Aéreo, gerando recursos para Alcântara e região, por meio do
turismo e inovação tecnológica”, pontuou.
Presidente do PCdoB no Maranhão, o deputado Márcio Jerry
mostrou-se a favor do acordo, desde que assinado nos termos noticiados pela
imprensa nos últimos dias.
“Há que se considerar a garantia de que não haja a
prevalência de um conceito de enclave dos Estados Unidos na base de Alcântara.
Que aquilo que alguns jornais noticiaram esteja realmente contemplado na
proposta, ou seja, que se tenha um acordo com transparência e com respeito à
soberania brasileira e com fortalecimento da política espacial brasileira”,
comentou.
Ele também ponderou que o resultado financeiro da parceria
deve ser repartido com o Município de Alcântara.
“Nós temos que pensar numa política de royalties, ou de
equivalentes, para que haja contrapartidas econômicas para a população de
Alcântara. Esta é uma questão absolutamente central e indispensável, de modo
que a resultante seja melhoria da pesquisa e desenvolvimento da política
espacial brasileira, e também seja revertida em melhorias para o povo de
Alcântara”, concluiu. Com informações de O Estado do Maranhão.
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