Os
sucessivos reajustes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) no Maranhão – foram três nos primeiros quatro anos da gestão Flávio Dino
(PCdoB) – produziram um efeito nefasto para o contribuinte maranhense: na
comparação com os dois primeiros meses de 2015, pagou-se praticamente 31% a
mais do tributo em 2019.
Em janeiro e
fevereiro do primeiro ano de mandato do comunista, o Estado arrecadou R$ 758,2
milhões com a cobrança do imposto. Foram R$ 367,4 milhões em janeiro, e outros
R$ 390,8 milhões em fevereiro.
Em 2019, a
arrecadação desse tributo disparou: em dois meses o governo já conseguiu mais
de R$ 1 bilhão.
Segundo
dados da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), os maranhenses pagaram mais
de R$ 563 milhões em janeiro e outros R$ 501 milhões em fevereiro.
Os dados de
março serão liberados em abril, mas confirmam uma “explosão” da arrecadação de
ICMS em virtude da entrada em vigor das novas alíquotas impostas pelo governo.
Apenas até o
dia 21 deste mês, foram arrecadados mais de R$ 468 milhões. Há quatro anos, em
todo o mês de março, essa arrecadação chegou somente a R$ 361 milhões.
Terceiro reajuste – Sancionada no dia 8 de dezembro do
ano passado, a Lei nº 10.956 – que reajustou alíquotas de ICMS da gasolina,
diesel, biodiesel, bebidas alcoólicas, refrigerantes, dentre outros, em todo o
Maranhão – passou a valer no dia 5 de março, em pleno Carnaval.
Segundo a
nova legislação, a maior alta se deu nas operações de produtos como
refrigerante, energéticos, isotônicos, embarcações de esporte e de recreação –
inclusive esquis aquáticos, kites e jets skis -, rodas esportivas para
automóveis e drones, por exemplo.
Para essas
categorias, o ICMS a ser cobrado passou de 25% para 28,5%. O imposto da
gasolina passou de 26% também para 28,5%.
Além disso,
o governador acrescentou óleo diesel e biodiesel à lista de produtos que
recebem um adicional de dois pontos percentuais na alíquota do mesmo ICMS.
Nesse caso, o imposto sobre esses produtos subiria de 16,5% – já de acordo com
a nova lei -, para 18,5%.
Correlata
Reajuste impacta na cadeia produtiva
Como a alta
do combustível impacta diretamente em toda a cadeia de transportes – com
reflexos em toda a cadeia produtiva -, há também previsão alta nos preços de
alimentos, por exemplo.
No caso da
gasolina, a cobrança de ICMS já representa mais de 30% do valor do produto.
Antes do
aumento, o imposto que incidia sobre o preço desse combustível específico era
de 26%, acrescido de 2% destinados ao Fundo Maranhense de Combate à Pobreza
(Fumacop).
Após o
recente reajuste, o percentual incidente sobre o preço da gasolina passou a
28,5%, mais os mesmos 2% destinados ao Fumacop.
“Como um dos
poucos deputados a ter votado contra mais esse absurdo, lutarei sempre contra
essa transferência do suado dinheiro das trabalhadoras e trabalhadores
maranhenses para o governo ineficiente e irresponsável que não consegue ao
menos manter um sistema de saúde digno, infraestrutura razoável ou segurança
aos nossos filhos. Continuaremos na luta”, destacou o deputado Adriano Sarney,
após o terceiro aumento. (Com informações de O Estado do Maranhão).
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