Por G1 MA — São Luís
Tiago Bardal depôs na sede da Superintendência de Combate à
Corrupção (Seccor) em São Luís. — Foto: Reprodução/TV Mirante
O governador Flávio Dino assinou nesta terça-feira (25) a
saída de Tiago Mattos Bardal da Polícia Civil do Maranhão. A assinatura ocorre
dois meses após o Conselho da Polícia Civil ter decidido expulsar o agora
ex-delegado, que respondia um processo administrativo dentro da instituição.
Tiago Bardal era superintendente de investigações criminais -
um dos cargos mais altos da Polícia Civil - quando foi preso pela primeira vez
em fevereiro de 2018, suspeito de envolvimento com uma quadrilha de
contrabandistas que atuava em São Luís.
Depois de três meses ele foi solto para responder em
liberdade, mas voltou a ser preso meses depois, junto com outros investigados
de São Luís e Imperatriz, por suspeita de extorquir dinheiro de assaltantes de
banco para facilitar as ações dos criminosos no Maranhão.
De acordo com as investigações, os casos de extorsão
começaram em 2015, quando Tiago Bardal era o delegado-chefe do setor de
inteligência da polícia em Imperatriz. Segundo a Secretaria de Segurança, o
valor negociado seria em torno de R$ 100 mil por mês para proteger a maior
quadrilha de assaltantes de banco com atuação no Maranhão, Pará e Tocantins.
Bardal também responde a outro caso em que Bardal não teria
tomado providências em relação a uma prisão em flagrante ocorrida no dia 21 de
dezembro de 2016. Neste dia, uma carga de cigarros contrabandeados foi
apreendida em uma van pela Delegacia de Viana e entregues a Bardal, que teria
solicitado ao delegado de Viana que não apreendesse o veículo e nem autuasse o
condutor, sob a alegação de que a van estava monitorada e a apreensão
atrapalharia uma investigação já iniciada. Além disso, a carga de cigarros
nunca foi encontrada.
Tiago Bardal sempre negou todas as acusações e diz que é
vítima de perseguição da Secretaria de Segurança Pública.
0 Comentários