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Simplício Araújo, secretário de Indústria, Comércio e Energia do Maranhão |
Aqui no Maranhão temos nos debruçado incansavelmente em duas importantes frentes de trabalho para manter o estado funcionando e dando respostas a população, desde 2015, em meio a maior das crises econômicas que o país já passou, maior que a de 1929. Crise que já colocou de joelhos e em frangalhos estados ricos da federação como Minas Gerais, Rio de Janeiro e tantos outros que já declararam a incapacidade total de manter seus compromissos em dia e de garantir segurança aos credores e aos trabalhadores. A primeira frente é conduzida com muita responsabilidade e zelo pelo próprio governador que é o controle fiscal e de fluxo de caixa do estado, a segunda é a peregrinação diária, de domingo a domingo, como fizemos no último dia 9, buscando investidores e empreendimentos para nosso estado.
Mas, via de regra, temos que aturar e calmamente tentar
mostrar a verdade a algumas aves de mau agouro, que não estando, em meio a esta
crise, vilipendiando o governo, como fizeram por décadas, tem o descaramento de
desrespeitar o povo maranhense mandando nossos irmãos irem para Marabá, como
fora feito neste domingo pelo Neto do maior oligarca vivo e, sem dúvida
nenhuma, um dos maiores responsáveis pelo caos e por tudo o que temos de errado
no Brasil e Maranhão, pois desde que o maranhense ouviu falar no nome dele, ele
sempre esteve a sombra do poder em nosso país, seja de esquerda, de direita ou
mesmo na ditadura. Foi sob a batuta da família dele que o maranhense foi vítima
de sucessivos golpes como Usimar, Polo de Confecção de Rosário, Salangô e
Refinaria Premium de Bacabeira, para não alongar a lista.
O artigo que circula nas redes sociais e alguns blogs versa
sobre a “perda da siderúrgica chinesa” para o Pará, sobre grandes
empreendimentos, incentivos fiscais, tudo direcionado para colocar no colo do
Governo Flávio Dino uma série de problemas que o Brasil inteiro luta para
superar desde 2015.
Sobre a Siderúrgica, segundo o artigo, teríamos perdido 15
mil postos de trabalho para o Pará, apenas por ter o Pará assinado um protocolo
de intenções muito inferior aos protocolos assinados com os chineses do Polo de
Confecção de Rosário e a então Governadora Roseana Sarney, tia de Adriano
Sarney.
Sobre os grandes empreendimentos o miserável artigo alega que
tudo só ocorreu no Maranhão em decorrência da “forte representação em nível
nacional” de seu avô, tios, pai, primos, parentes e agregados, que teriam a
magnânima força para atrair Suzano, Vale, Alumar, Eneva, Wtorre…
Tivesse esse rapaz a altivez de conhecer a terra que lhe
bancou a vida até hoje, ou estudado um pouco mais sobre esse estado, a quem ele
e os seus tudo devem, talvez se deparasse com os mais de 300 mil hectares de
eucaliptos plantados no Maranhão, Pará e Tocantins que trouxeram a Suzano ao
Maranhão, com o gás natural que é outra riqueza natural maranhense explorada
pela Eneva e com certeza não confundiria a profundidade dos rombos e desvios
dos governos de sua família em nosso estado com a profundidade dos portos
instalados no Maranhão, que atraem para a baia de São Marcos os grandes navios
de minério que jamais irão aportar no Pará nos próximos 20 anos.
Talvez um dia esse moço, revoltado por ter o povo do Maranhão
virado as costas aos seus depois de tanto sofrimento, resolva usar seus
conhecimentos de economia para ler um pouco mais sobre a conjuntura atual e as
dificuldades dos governos, em menos de 24 horas ele entenderia a dificuldade e
o quão competente é o governador Flávio Dino e quem sabe pudesse até mesmo ver
quanta oportunidade nós perdemos nas décadas de atraso dos governos de sua
família.
Um cidadão que não conhece o Maranhão e foi formado às custas
dos maranhenses, em gestão pela universidade Harvard, não pode desacatar o povo
do Maranhão com um programa de empregos “vá para Marabá”.
Uma pena a insensatez desse moço, o Maranhão de hoje é
resultado dos últimos 50 anos. Denegrir o Maranhão é um ato covarde.
Sendo formado em Gestão à custa da pobreza da grande maioria
dos nossos irmãos, ele com certeza nunca assimilou os aprendizados de Harvard,
nunca geriu nada na vida e teve o mesmo destino dos filhos de alguns abastados
que, sendo incapazes, tiveram que buscar guarita na vida pública, é por causa
de gente como esse deputado que a política está tão ruim. Gente que se vale dos
votos daqueles que deveriam respeitar.
*Simplício Araújo é Secretário de Industria, Comércio e
Energia do Maranhão *
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