O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou,
nesta quinta-feira (6), em entrevista ao Congresso em Foco, a iniciativa do
presidente Jair Bolsonaro de propor a eliminação da cobrança do ICMS dos
combustíveis, algo que resultaria na perda de arrecadação dos estados.
“Como o Bolsonaro já declarou várias vezes que não entende
nada de economia e tudo tem que ser tratado com Guedes, a gente realmente só
leva a sério quando for o Paulo Guedes propondo”, afirmou. O ministro da
Economia não se pronunciou publicamente sobre o tema.
“Isso que Bolsonaro fala na porta do Palácio não dá para
levar a sério porque o governo dele só dura 15 minutos por dia, que é o tempo
que ele dá aquela entrevista, depois não tem mais governo, depende do Paulo
Guedes, quando ele propuser a gente vai debater no âmbito da reforma
tributária, que é o único lugar possível”, disse o governador do PCdoB.
A ideia é que o imposto estadual seja cobrado, no caso dos
combustíveis, sobre o valor que sai da refinaria, fixo, em vez de incidir sobre
o preço cobrado nos postos, que é maior.
Na segunda-feira (3), 23 dos 27 governadores do país
assinaram uma nota, sugerindo que Bolsonaro cortasse os tributos federais ao
invés de interferir no ICMS. Não endossaram a nota os governadores Gladson
Cameli (PP-AC), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Mauro Carlesse (DEM-TO) e Marcos Rocha
(PSL-RO).
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