Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com |
A Petrobras elevará em 10% o preço da gasolina em suas refinarias a partir desta terça (9). Será o quinto aumento consecutivo desde o início de maio, quando as cotações internacionais do petróleo começaram a se recuperar. O preço do diesel, que subiu duas vezes no mês passado, não terá alterações.
Após o reajuste, o valor de venda da gasolina pelas
refinarias da estatal passará, em média, a R$ 1,44 por litro. Desde que a
sequência atual de aumentos foi iniciada, o preço do combustível vendido pela
Petrobras acumula alta de 60%. Ainda assim, o valor atual ainda é menor do que
o vigente no início do ano.
O repasse às bombas depende das políticas comerciais de
distribuidores e revendedores. Segundo a Petrobras, o preço da gasolina nas
refinarias equivale a 25% do valor de venda do produto nas bombas. A fatia
restante é composta por impostos e custos de margens de lucro de distribuidoras
e postos.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás
e Biocombustíveis), a sequência de aumentos em maio já começa a chegar ao
consumidor. Na semana passada, o litro da gasolina foi vendida pelos postos
brasileiros, em média, a R$ 3,895, aumento de 1,5% em relação à semana
anterior.
Foi a primeira alta no preço cobrado pelos postos em 19
semanas, mostram os dados da ANP. No fim de janeiro, quando a curva de queda
foi iniciada, o litro do combustível era vendido, em média no país, a R$ 4,594.
O preço do diesel também subiu nas bombas na semana passada, para R$ 3,045 por
litro, 1,2% a mais do que na semana anterior.
A sequência de cortes promovida pela Petrobras em meados do
primeiro trimestre ajudou a derrubar a inflação brasileira, que fechou abril em
-0,31%, o menor valor desde agosto de 1998. O grupo Transportes, onde estão os
combustíveis, caiu 2,66%, compensando parcialmente a alta dos preços dos
alimentos.
Os reajustes de maio e junho seguem a recuperação das
cotações internacionais do petróleo, que subiram, em reais, 53% entre 30 de
abril e a última sexta (5), impulsionadas pelo relaxamento de restrições ao
deslocamento de pessoas em países que controlaram a curva de contaminação por
Covid-19.
A política de preços da Petrobras considera as cotações
internacionais do petróleo, a taxa de câmbio, custos para a importação dos
produtos e margem de lucro.
NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)
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