Diretrizes para o próximo Orçamento incluem déficit primário de R$ 247,1 bilhões. Contas estão no vermelho desde 2014
Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados |
A proposta de LDO,
atualizada
na terça-feira (15), estabelece como meta fiscal um déficit primário de R$
247,1 bilhões. Esse montante será resultado das receitas menos despesas antes
do pagamento de juros. As contas estão no vermelho desde 2014.
Com vigência
anual, a LDO orienta a elaboração do Orçamento e a posterior execução, já no
exercício seguinte. Na eventual ausência da lei orçamentária, a LDO estabelece
critérios para gastos temporários, a fim de evitar a paralisia da máquina
pública.
Como metas e
prioridades, o parecer prevê políticas para a primeira infância, os
investimentos em andamento, o programa habitacional Casa
Verde e Amarela nas cidades com até 50 mil habitantes e mais 125
iniciativas destacadas por congressistas.
No total, foram
257 emendas com metas e prioridades, sendo 18 das bancadas estaduais, 58 de
senadores e 181 de deputados. “Devido ao exíguo tempo para análise e para
evitar injustiças, decidimos pelo acolhimento de todas as emendas”, explicou
Irajá.
Devido à pandemia
de Covid-19, nenhuma das comissões permanentes foi instalada nesta sessão
legislativa. No caso da CMO, houve
duas tentativas, mas prevaleceu um impasse político em torno da composição
do colegiado e, em consequência, para a presidência.
Nesta
quarta-feira, os deputados Fábio
Ramalho (MDB-MG), Marcelo
Ramos (PL-AM) e Paulo
Ganime (Novo-RJ), entre outros, sugeriram condicionar a aprovação da
proposta de LDO à instalação da CMO. Presidindo os trabalhos no Plenário, a
deputada Soraya Santos
(PL-RJ) recolheu os pedidos.
“A CMO não foi
instalada por conta da pandemia, ela não foi instalada por uma briga de poder”,
afirmou Ganime. “É brincadeira, estamos abrindo uma exceção sem nenhuma certeza
de que teremos CMO para votar a lei orçamentária”, disse Ramos.
Não há data para
análise da proposta de Orçamento (PLN 28/20). As datas previstas pela
Constituição para aprovação dessas leis orçamentárias não serão cumpridas – o
texto da LDO deveria ter sido aprovado até agosto. O prazo do Orçamento é dia
22 de dezembro.
Lei Kandir
Já o PLN
29/20, que envolvia R$ 2,84 bilhões para que o País possa quitar obrigações
com organismos
internacionais, acabou retirado de pauta. A bancada do Novo na Câmara
questionou os termos do parecer.
Fonte: Agência
Câmara de Notícias
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