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O
deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, descartou
nesta segunda-feira, 14, a renovação do auxílio emergencial porque, "em
princípio", o governo não vai prorrogar o "orçamento de guerra"
que suspendeu a aplicação de regras fiscais. "Em princípio, não haverá
prorrogação do orçamento de guerra. Não havendo prorrogação, não há nenhuma
chance de renovação do auxílio emergencial", comentou o parlamentar em
evento online da Eurásia.
Ele
acrescentou que não há espaço orçamentário para acomodar a continuidade do
auxílio.
"Obviamente,
não tem fura-teto", disse o deputado, referindo-se à regra que estabelece
um limite máximo às despesas públicas.
O
líder do governo na Câmara ponderou que o governo pode reeditar o programa de
auxílio emergencial apenas se uma nova grande onda de contaminações,
paralisando completamente a economia, atingir o País no ano que vem. Neste
caso, observou, o auxílio teria de ser financiado pela redução de renúncias
fiscais que somam R$ 370 bilhões.
Contudo,
ele disse não perceber hoje tal risco. "Não vejo pressão sobre a
prorrogação do auxílio. Muitos retomaram atividades, que estão quase sendo
normalizadas em cidades do interior. Isso permite que as pessoas voltem a ter
sua renda", disse Barros. "Temos ainda algumas medidas restritivas de
combate à pandemia, mas não uma paralisação que justifique a necessidade de
auxílio emergencial", complementou.
Ele
assinalou, contudo, que o governo segue trabalhando em frentes, como um
programa de microcrédito, para ampliar o alcance do Bolsa Família, que chega
hoje a 20 milhões de brasileiros.
Fonte: Estadão Conteúdo
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