Artigo: Saída de Wellington, posse de Regina e eleição vitoriosa de Rafael

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Magno Pires, advogado e jornalista

Três eventos políticos sucessivos e imprescindíveis à gestão político-administrativa do Estado. É uma sequência lógica e inexorável. E essa ordenação cronológica se registrará em quase todo o Brasil e em seus 27 Estados e o Distrito Federal. É a eleição de 2022. 

A desincompatibilização do Governador petista Wellington, assume o seu substituto Regina Souza (primeira mulher a governar o Estado do Piauí), também do PT, e o Secretário da Fazenda, Rafael Fonteles, também filiado ao petismo, e o ungido pelo partido e uma enorme coligação para ser o eventual candidato ao Governo estadual. 

Em sendo uma coligação pluripartidária, o MDB indicou o Vice-governador na chapa governista, tendo sido escolhido o consagrado politicamente, deputado estadual Themístocles Filho, nascido em Esperantina, onde sua esposa é a prefeita daquele importante e influente município, do Meio Norte piauiense. 

O evento eleitoral de outubro de 2022 trará uma moldagem inédita na composição partidária, que fortalece muito o MDB, PT, PSD, primordialmente, e tendo a eleição uma característica moderna e invulgar, com o congraçamento dos partidos e sua maior interação político-partidária, embora em um jogo que “salve-se quem puder”. 

A modernização dos meios produtivos do Piauí é uma realidade insofismável nos Cerrados, com a produção de grãos; no Semiárido, com as 100 propostas de projetos das energias solar e dos ventos; todos os 224 municípios estão integrados às Brs por asfalto; o último foi o município de Pavussu; na educação, com todos os 224 municípios com cursos de graduação superior oferecidos pela UESPI; na saúde, com a construção de hospitais, maternidades, postos de saúde; na infraestrutura física de estradas e poços com o Pro-Piauí, etc., etc.  

Entretanto, politicamente, o Piauí permanece extremamente conservador, oligárquico e familiar e com pouca perspectiva de mudança, conquanto os agentes políticos não querem, para não perder o poder político eleitoral. 

É nesse cenário socioeconômico e político que se desenvolverá e marchará o evento eleitoral de outubro de 2022, com as candidaturas propostas de Rafael Fonteles e Sílvio Mendes, respectivamente pelo PT e o Progressistas, mas Rafael será o agraciado com a vitória. 

As críticas às atuações de Sílvio Mendes e Rafael são esperadas. Nenhum estará infenso a elas. Ambos serão demasiadamente criticados, mas a democracia partidária sempre foi assim e assim o será no futuro. 

Ademais o regime político de coalisão partidária sempre existiu fortemente no País; e as eleições sempre gravitam nessas condições e não há sinais de mudança. Vislumbra-se uma configuração de fortalecimento desse partidarismo de coalisão, com os mesmos agentes de hoje, porque as lideranças não se renovam e os mandatos continuam passando de pais para filhos, netos e bisnetos, irremediavelmente. 

O Governador Wellington Dias permanecerá inédito na história da política do Piauí, como o maior líder, exercendo quatro vezes o Poder Executivo do Estado. E não há evidências e/ou sinais de que surgirá outro político com essa característica. E nenhum alcançará esse seu pódio. Os líderes atuais não o superaram nessa circunstância e realidade política. 

A sucessão estadual está muito fortalecida com a governança de Wellington; a entrada de Regina Souza, assumindo o Governo Estadual, assegura o poder político de Rafael; a articulação de Rafael com deputados, prefeitos e lideranças municipais está muito bem e produtiva; Não há restrições dos agentes econômicos e/ou empresários à candidatura de Rafael; as obras estão em andamento e as finanças públicas controladas muito bem pelo Secretário de Fazenda, etc., etc., por conseguinte, a candidatura de Rafael é viável, devendo eleger-se Governador em outubro de 2022. 

MAGNO PIRES é Diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí – IAEPI, Ex-Secretário de Administração do Piauí e ex-presidente da Fundação CEPRO, advogado da União (aposentado), professor, jornalista e ex-advogado da Cia. Antáctica Paulista (hoje AMBEV) por 32 anos consecutivos. 

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