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Secretário Márcio Jerry, da Articulação |
Desde a virada do primeiro ano de
mandato do governador Flávio Dino (PCdoB) começaram a aparecer as primeiras
fissuras em suas relações políticas com os aliados que ajudaram na sua eleição.
E todas as antipatias caminham para a mesma direção: o secretário de Articulação
Política Márcio Jerry.
É Jerry o alvo preferido dos que
se mostram incomodados com a falta de diálogo com Dino. E esta antipatia ficou
clara na revelação pública do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), a um
jornal da própria base dinista, de que Jerry atrapalha mais do que ajuda o
governo.
A voz de José Reinaldo – criador
da carreira política e principal tutor de Flávio Dino – representa outros
tantos líderes que hoje compõem a base dinista. Nomes como o prefeito de
Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), o presidente da Assembleia Legislativa,
deputado Humberto Coutinho (PDT), do deputado federal Weverton Rocha,
presidente do PDT maranhense e do senador Roberto Rocha (PSB).
Todos eles detentores de
sufocante antipatia na relação com o governo e unânimes na observação de que há
um motivo comum na dificuldade desta relação.
As fissuras que começam a surgir
na relação do Palácio dos Leões com seus aliados poderão ter conseqüência nas
eleições municipais de outubro – e formar rachaduras ainda maiores no projeto
de reeleição do governador em 2018.
Mas, por enquanto, tanto Flávio
Dino e, sobretudo, Márcio Jerry, dão de ombros para os queixumes dos aliados.
Detentores de poder ainda forte no estado, eles entendem que poderão suportar
as pressões e, na hora H, rejuntar todos no mesmo projeto.
Da coluna Estado Maior, de O
Estado do Maranhão
Férias amargas
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Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB/MA) |
Desde o momento em que decidiu
tirar férias do comando do Executivo estadual, o governador Flávio Dino (PCdoB)
só tem acumulado notícias desagradáveis nos campos administrativo e político.
Num período de apenas uma semana,
Dino foi desmentido pela Secretaria de Estado e Previdência (Segep) – ou seja,
por sua própria equipe de Governo – em relação ao número de policiais militares
incorporados ao Sistema de Segurança Pública; também foi confrontado por órgãos
de Segurança quanto aos registros de mortes durante o período das festas de
Ano-Novo em São Luís; foi confrontado também pelo Sindicato dos Rodoviários,
que mostrou o aumento de 291 crimes cometidos contra coletivos no ano passado,
comparado a 2014, e assistiu ao ministro dos Portos, Helder Barbalho,
reconhecer o empenho do ex-presidente da República José Sarney (PMDB) por
maiores investimentos do Governo Federal no Maranhão, por ocasião do anúncio de
instalação de um novo porto em São Luís.
Houve também no período a
denúncia de policiais militares recém-formados, que alegam terem sido obrigados
a trabalhar no Réveillon, mesmo sem nomeação no Estado, e a revelação de que o
Governo do Maranhão sonega, desde outubro de 2015, informações ao Governo
Federal referentes às políticas públicas implementadas para a redução do crime
tipificado como homicídio, no estado.
No campo político, Dino também
recebeu notícias um tanto amargas durante as suas férias. Além de base rachada
na Assembleia Legislativa, com a reformulação de bancadas e composição de novos
blocos – o que refletirá em perdas gigantescas para o Governo -, ele assiste ao
PSB, dos aliados Roberto Rocha e José Reinaldo Tavares, discutir candidatura de
contraponto ao seu candidato na capital, Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e se depara,
também, com o encolhimento do PCdoB diante do PDT – outro partido aliado -, em
alguns dos maiores colégios eleitorais do estado.
São esses alguns dos motivos que
fazem o comunista cogitar o retorno imediato a sua cadeira no Palácio dos
Leões.
Da coluna Estado Maior, de O
Estado do Maranhão
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