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Governador Wellington Dias durante a abertura do Ano Legislativo de 2016 |
O governador do Piauí, Wellington
Dias dispensou o discurso escrito e falou “de improviso” ao fazer a leitura da
Mensagem Anual aos deputados, na manhã desta terça-feira (2), no plenário da
Assembleia Legislativa. Dias anunciou que a prioridade do governo em 2016 será
“cuidar das pessoas”. Sem descuidar de manter o equilíbrio das contas públicas
e a retomada dos investimentos.
O governador prometeu concluir
obras importantes, como a duplicação das BR-316 e BR-343 e o viaduto da Miguel
Rosa, mas principalmente reaquecer setores da economia, como o da construção
civil, com a construção de 12.500 unidades habitacionais, para gerar emprego e
renda e, principalmente, realizar investimentos em segurança pública. Esses
serão os principais objetivos para 2016.
Wellington Dias pediu desculpas
pelo atraso, por conta de problemas no voo que o trouxe de Brasília, onde participou
do fórum de governadores, que reuniu 26 estados - apenas o Ceará não compareceu
- e o Distrito Federal, e discutiu a
retomada do crescimento, com o repasse dos recursos do ICMS, da repatriação de
verbas públicas desviadas por corrupção.
Outras metas também foram
destacadas pelo governador, como a ampliação dos investimentos, de R$ 8 bilhões
em 2015 para mais de R$ 10 bilhões este ano, em energias limpas e renováveis,
como solar e eólicas; as parcerias públicos privadas, como o complexo turístico
a ser construído onde hoje existe a Colônia de Férias do Iapep; e a redução do
déficit na presidência, que alcançou R$ 700 milhões em 2015, além da ampliação
da produção agrícola, com a adoção de novas tecnologias e segurança hídrica.
Dias ressaltou a criação, na
sexta-feira (29) de um fundo que vai destinar
recursos do BNDES e da iniciativa privada para as regiões Norte e
Nordeste, destacado os R$ 80 milhões previsto apenas para a piscicultura no
Piauí.
O maior dos desafios, no entanto,
será a união de todos os poderes para barrar a criminalidade, que cresce à
medida que começa a achar que está dando certo, avaliou o governador. Foi assim
com os assassinatos, que diminuíram com os investimentos em segurança pública.
A redução das mortes e dos crimes contra o patrimônio – assaltos, roubos,
furtos – vão ser alvo de várias ações da segurança pública, inclusive a
realização de concursos para contratação de novos policiais, juízes, promotores,
defensores públicos, além da compra de viaturas e equipamentos e a melhoria das
condições de trabalho nas delegacias.
Wellington Dias diz que
haverá consenso sobre partilha da CPMF
O governador Wellington Dias
disse hoje (02), na Assembleia Legislativa, que ficou praticamente acertado o
consenso entre os governadores que participaram da reunião dos gestores
estaduais – segunda-feira passada, em Brasília – sobre os percentuais da proposta
de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) a
ser apresentada pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional. Segundo
ele, a proposta prevê que sejam destinados 0,30% dos recursos arrecadados para
a União, 09,% para os estados e 0,9% para os municípios, somando o percentual
de 0,38% a serem descontados dos salários de quem recebe acima de R$ 3,6 mil.
“Quem ganha abaixo desse valor não vai pagar nada. Quem ganha R$ 20 mil, por
exemplo, vai pagar R$ 80,00”.
“O acordo só não ficou
inteiramente acertado porque alguns governadores alegaram que ainda precisavam
consultar suas lideranças, suas bancadas. Mas, pelo que senti vai haver um
consenso que permitirá ao País retomar a normalidade das suas finanças e, ao
mesmo tempo, permitirá aos estados e municípios disporem de mais recursos para
os seus investimentos”, disse.
Wellington Dias salientou ainda
que existe o comprometimento da União em priorizar apenas aquelas obras que já
estejam em andamento nas áreas de saúde e previdência, a chamada seguridade
social. “Aqui no Piauí uma obra programada para ser feita em seis meses nós
estamos repactuando os contratos, ganhando mais prazo e otimizando os
recursos.”
Essa partilha da CPMF será mais
ou menos nos moldes do FPE ao inverso, beneficiando os estados com maior
população. “São Paulo, Minas Gerais e outros estados com maior população
recebem uma pequena parcela de FPE. A partilha da CPMF vai fazer essa
compensação”, finalizou. Fonte: Alepi
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