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Presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado do Piauí – FETICM, Raimundo Nonato Ibiapina (ao microfone), em Fronteiras (PI) |
A Federação dos Trabalhadores nas
Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado do Piauí – FETICM, está
assegurando total assistência jurídica aos mais de 450 operários demitidos
sumariamente pela fábrica de cimento Itapissuma S/A, localizada na Fazenda
Monte Alvão, no município de Fronteiras (PI), através de comunicado oficial
feito desde a segunda-feira (6/3), antes de ser iniciado o expediente normal de
trabalho. Além disso, ficaram sem trabalho outros 3.500 pessoas de forma
indireta. A medida atingiu os trabalhadores e moradores das cidades de
Fronteiras, Pio IX pelo lado do Piauí e Campos Sales pelo lado do Ceará.
No comunicado distribuído aos
operários que se encontravam ainda nos pontos de ônibus, a diretoria da empresa
Itapissuma alegou que os efeitos da crise econômica causaram a redução nas
vendas de cimento na ordem de 80%, o que inviabiliza momentaneamente o
funcionamento da unidade industrial no Piauí.
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Raimundo Nonato Ibiapina |
Na terça-feira (7/3), o presidente
da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do
Estado do Piauí – FETICM, Raimundo Nonato Ibiapina, esteve acompanhado de
assessores jurídicos da entidade, visitando os trabalhadores demitidos e
ouvindo suas reclamações diante da tal decisão que causou enorme impacto e
comoção negativa nas três cidades: Fronteiras, Pio IX (PI) e Campos Sales (CE).
Segundo ele, a FETICM montou na cidade de Fronteiras uma base emergencial para
dar apoio com assistência jurídica aos operários demitidos, visando a garantia
de seus direitos trabalhistas, tais como: pagamento do 13º Salário, férias,
FGTS, Seguro Desemprego, dentre outros benefícios assegurados em leis.
Em entrevista ao Blog Ademar Sousa, na tarde desta
quarta-feira (8/3), Raimundo Nonato Ibiapina disse que a empresa Itapissuma
agiu de forma desumana ao demitir os mais de 450 operários sem nenhuma explicação
sobre a garantia do pagamento das verbas rescisórias e outros benefícios. “Sem
dúvida, vamos buscar garantir os direitos dos trabalhadores como manda a lei.
Para isso, vamos acionar a OAB – PI, Ministério Público do Trabalho – MPT – PI e
a Justiça do Trabalho. Em resumo, a Itapissuma vai ter que quitar os débitos
trabalhistas pendentes”, afirmou Nonato Ibiapina, lembrando que a empresa já
vinha cometendo irregularidades ao longo dos anos, como, por exemplo, atraso de
três meses de salários e falta de pagamento das férias de alguns trabalhadores.
Desde 2014, a Itapissuma não paga o PLR
aos trabalhadores.
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