Governador Flávio Dino (PCdoB) |
Na quarta-feira, 18, durante
apresentação das propostas do Executivo para o “Pacote Anticorrupção”, o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, citou o governador Flávio Dino
(PCdoB), como defensor da de lei da Ficha Limpa.
Desavisado, o ministro,
provavelmente, não sabia que Dino já nomeou políticos e técnicos condenados em
diversas instâncias da Justiça e, portanto, enquadrados como fichas-sujas.
A ex-prefeita de Monção, Paula
Francinete Nascimento, foi contemplada com o cargo de diretora administrativa
do Hospital Geral do Estado, mesmo respondendo a processos por improbidade
administrativa, ré em uma Ação Civil do Ministério Público.
Já o ex-secretário de Saúde de
Coroatá Luiz Marques Barbosa Júnior foi nomeado superintendente de Redes da
Saúde Estadual, embora condenado pelo TCE a devolver mais de R$ 7 milhões aos
cofres públicos.
Escravismo – As contradições entre discurso e prática do ex-juiz
federal vão além. Na Assembleia Legislativa, o governador assinou
carta-compromisso que pune empresas por escravizar trabalhadores. Mas nomeou
para o cargo de Assessor Especial da Casa Civil o ex-deputado Camilo Figueiredo
(PR), cujo nome foi incluído na Lista Suja do Trabalho Escravo.
Em 2010, Flávio Dino recebeu R$
500 mil de empresa também denunciada por trabalho escravo. A Alcana Destilaria
de Alcool, de Nanuque (MG), foi flagrada com 1.282 trabalhadores escravizados,
dentre os quais 285 índios.
O governador tem se manifestado
contra o financiamento privado de campanhas. Mas foi contemplado com R$ 3,1
milhões pelas OAS empreiteira investigadas na Operação Lava Jato.
A cada dia, o fosso que separa o
discurso da prática a ser honrada pelo governador sofre uma dilatação maior. (Com informações de O Estado do Maranhão)
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