Josival Cavalcanti foi preso no início
desta semana em São Luís
Do G1 MA
O Tribunal de Justiça do Maranhão
(TJ-MA) acatou o pedido de Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e da Polícia
Civil do Maranhão para bloquear cerca de R$ 7 milhões de contas ligadas ao
agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan, preso no início da semana passada, em São
Luís, em desdobramentos das operações “Morta Viva” e “Maharaja”.
“Foram descobertas várias pessoas
físicas e jurídicas com dados que acabam confluindo com Josival Cavalcanti. Por
isso, pedimos à Justiça o bloqueio de mais de 30 contas bancárias, além das do
próprio Pacovan”, explicou o delegado-geral da Polícia Civil, Augusto Barros.
Ainda segundo o delegado, a
Polícia Civil e o MP vão pedir à Justiça que, se comprovado o desvio do
dinheiro público, seja devolvido ao Estado. “Claro que esse pedido será objeto
de questionamentos por parte dos advogados do Pacovan. Por isso será um processo
demorado”, disse o delegado.
A decisão do desembargador
Raimundo Melo também prorrogou por mais cinco dias as prisões temporárias de
Nixon dos Santos e Edvan Costa, respectivamente prefeitos de Bacuri e Marajá do
Sena, do ex-prefeito de Zé Doca, Raimundo Nonato Sampaio, e do empresário José
Epitácio Muniz.
Outros R$ 1,1 milhões também
foram bloqueados da empresa Linuxell Informática, empresa suspeita de ser usada
para lavagem de dinheiro do esquema.
Entenda
As operações "Morta
Viva" e "Marajá", assim como a
"Imperador", são desdobramentos da "Operação
Detonando", realizada em 2012 após o assassinato do jornalista Décio Sá.
Na ação, foram presos os empresários Gláucio Alencar e José Miranda, pai e
filho acusados de mandar matar o repórter e de comandar um esquema de agiotagem
no Estado.
Na época, a polícia descobriu que
o que motivou o assassinato foi uma postagem, no "Blog do Décio",
referente à morte do agiota Fábio Brasil, no Piauí. Na operação, foram
apreendidos carros de luxo, máquinas pesadas como tratores, documentos e
descoberta uma conta com saldo de mais de R$ 5 milhões.
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