A diretoria executiva do
Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi), juntamente com a Associação dos
Policiais Civis do Piauí (Apocepi) e o Sindicato dos Peritos do Piauí
(SindPeritos) estiveram em reunião com o secretário de administração Franzé
Silva, o secretário de segurança Fábio Abreu e o delegado geral Riedel Batista,
na manhã desta quarta-feira (29), na sede da secretaria de administração, para
tratarem sobre a proposta de reajuste salarial da polícia civil, além do
pagamento das gratificações de insalubridade.
O secretário de administração
Franzé Silva informou que o Estado não possui nenhuma contraproposta em relação
a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Sinpolpi. Mas disse que o
Estado está aguardando o fechamento do quadrimestre, para então poder voltar a
sentar com as categorias. Porém, em fala, afirmou que o governador Wellington
Dias autorizou um reajuste de 6,29% para a folha de pagamento de maio, para o
reajuste começar a ser pago em junho.
O presidente do Sinpolpi,
Constantino Júnior, afirma que o governo tomou essa decisão do valor de
reajuste sem negociar com a categoria, mesmo após reunião realizada no último
mês de fevereiro, em que ficou acordado que o governo e as secretarias iriam
sentar com a categoria para discussão de reajustes salariais.
“O governo simplesmente autorizou
um reajuste salarial sem passar por negociação. Na reunião de hoje nós
colocamos as perdas inflacionárias na ordem de 18%, momento em que o próprio
secretário Franzé reconheceu os dados, mas mesmo assim continuou a afirmar que
só poderia voltar a tratar de salários depois da divulgação da arrecadação do
Estado nesse quadrimestre”, afirmou o presidente.
A reunião girou em torno das
mesmas pautas apresentadas para os policiais militares, sendo tomado como
decisão concreta o reajuste de 6,29% e a afirmativa dos secretários para a
continuidade das negociações salariais em cima das propostas apresentadas pela
categoria dos policiais civis.
Categoria cobra o pagamento das gratificações de insalubridade
No ano de 2015 a polícia civil
realizou uma greve geral que durou cerca de 20 dias, como resultado, foi
instaurado um processo de dissídio coletivo. Segundo o Sinpolpi, nesse processo
há alguns itens que não foram cumpridos por parte do governo do Estado, dentre
eles o item sete, que fala da relação entre o maior e menor salário (agentes e
escrivães comparados aos delegados), além da proposta de reajuste salarial que
teria vigência nos anos de 2016-2017-2018.
De acordo com o presidente
Constantino Júnior, o Sinpolpi já solicitou o processo de dissídio coletivo
para o desembargador James Pereira que, através do seu despacho, disponibilizou
o processo. “Nós estaremos fazendo a devida execução desse processo, a fim de
que o Estado possa implementar uma lei de reajuste salarial, de acordo com o
que foi acordado no Judiciário”, certificou o presidente.
Ao fim da reunião, com a presença
somente do secretário Fábio Abreu, foi discutido os pagamentos das
gratificações de insalubridade, que está há meses em atraso. Atualmente, 336
policiais civis, que estão aptos a receberem, estão sem o pagamento.
Segundo o presidente do Sinpolpi,
a diretoria jurídica do sindicato já está fazendo a execução dentro do processo
de dissídio coletivo para que as gratificações sejam pagas.
“Nós estamos pedindo o pagamento
atual e o retroativo, que equivale ao mês de dezembro de 2015 até agora. Vamos
discutir com nossa categoria para que, de forma democrática, possamos
estabelecer aquilo que iremos fazer pelos próximos meses, do ponto de vista das
nossas mobilizações, para conquistar o que já está garantido dentro do nosso
processo”, finalizou. Fonte: Sinpolpi
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