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Deputado estadual Adriano Sarney (PV/MA) |
O governo comunista completa hoje
mil e cinco dias. A data nos faz lembrar da maior fraude eleitoral de todos os
tempos. Com muitos retrocessos, principalmente nas áreas social e econômica, e
sem nenhum avanço prático, a administração do PCdoB tenta sobreviver inventando
conquistas e se vangloriando de iniciativas do Governo Federal e as deixadas
pela gestão anterior. Enquanto travam lutas contra reinados imaginários, esqueceram-se
do povo, que clama por melhorias reais.
Nesse período, os comunistas já
transferiram mais de R$ 500 milhões do bolso dos maranhenses para os cofres do
Estado por meio de aumento de impostos, multas e taxas, ao passo que R$ 425
milhões foram destinados a melhoramento e pavimentação asfáltica. Com efeito,
tirar dinheiro do povo para colocar em asfalto eleitoreiro que não durará o
próximo inverno é um dos muitos erros da atual administração. E o pior, segundo
estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea): os pobres pagam
44,5% mais impostos do que os ricos.
O mais importante índice do mundo
para medir distribuição de renda, o Gini (instrumento para medir o grau de
concentração de renda em determinado grupo) apontou, em sua última edição publicada
em 2016, que o governo do PCdoB aumentou a desigualdade no Maranhão. O índice
passou de 0,49 na gestão passada para 0,51 no governo comunista.
Houve aumento na concentração de
renda, os ricos ficaram mais ricos e os pobres mais pobres. Outro índice, este
mais famoso por ser repetido à exaustão pelo governador do estado e seus
seguidores, é o IDH. Em sua última edição, que mediu os avanços do Maranhão
durante o governo passado, fomos um dos estados que mais melhorou o seu índice,
ultrapassando o Pará e Alagoas nesse período.
Entretanto, corremos agora o
risco de perder posições para outros estados, uma vez que a distribuição de
renda e a atividade econômica tiveram significativas pioras no governo
comunista. Enquanto o Maranhão crescia a 6% ao ano na gestão Roseana, acima da
média nacional, no atual governo encolhe -4%, mais do que outros estados –
então, a culpa não é da crise econômica. Em suma, o tão propagado programa Mais
IDH, minguou para o Menos IDH.
Mais de mil dias se passaram e o
governo, que recebeu R$ 2 bilhões em caixa do BNDES, centenas de obras em
andamento (que ainda não conseguiu entregar), R$ 500 milhões da Repatriação do
governo Temer, além de uma situação fiscal equilibrada, ainda aumentou impostos
e contraiu mais de R$ 1 bilhão em novos empréstimos.
Com tudo isso, os comunistas
ainda desvirtuaram a Lei de Incentivo à Cultura e a Lei de Incentivo ao
Esporte, acabaram com os hospitais de 20 leitos do Programa Saúde é Vida, assim
como o benefício do Viva Luz que isentava os mais pobres da conta de energia.
Os números aqui revelados
refletem a ampla fotografia do estado, captam a economia, a desigualdade, as
prioridades distorcidas de um governo contraditório em suas palavras e ações.
Os comunistas valorizam o debate
que gira em torno de seus inimigos imaginários. Criticavam as empresas que
prestavam serviços a governos passados, mas as contratam, falavam de uso de
aviões e helicópteros, de empregos comissionados, de secretários candidatos, de
almoços e jantares no Palácio dos Leões para autoridades, de gastos em
publicidade e diárias, de distribuição seletiva de emendas parlamentares, de
escândalos a nível nacional. Mas agora se tornaram protagonistas do roteiro
criado por eles para atingir seus adversários.
O resultado desse desgoverno não
poderia ser outro senão 1.005 dias de retrocesso.
Adriano Sarney é economista,
administrador e deputado estadual (PV/MA)
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