O líder da bancada do PDT na
Câmara Federal, deputado Weverton, considerou uma vitória da oposição e dos
trabalhadores o adiamento da votação da reforma da Previdência para 2018. A
decisão de pautar o tema só no próximo ano foi anunciada pelo senador Romero
Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, depois de um acordo entre os
presidentes da Câmara e do Senado. “Na verdade o governo está percebendo que
não tem os votos necessários para votar a reforma da Previdência, está
praticamente jogando a toalha”, avaliou Weverton.
Como se trata de uma proposta de emenda
à Constituição, a reforma da Previdência precisaria do voto de 308 dos 513
deputados federais para ser aprovada. O governo não conseguiu até o momento
reunir esse apoio.
“Vamos manter essa mobilização em
2018”, afirmou Weverton. Ele considera que a reforma enviada pelo governo
prejudica muito o trabalhador. “Por essa proposta, é preciso uma idade mínima
de 65 anos para homens e 62 para mulheres se aposentarem, mas mesmo que cheguem
a essa idade e tenham contribuído por 15 anos, só receberão 60% do benefício.
Para aposentadoria integral são necessários 40 anos de contribuição, uma meta
impossível de ser alcançada para a grande maioria dos brasileiros”, criticou.
A oposição defende que o governo
equilibre as contas primeiro, cobrando os grandes devedores, que juntos
acumulam uma dívida de R$ 427 bilhões, e reveja as isenções e renúncias fiscais
de R$ 57 bilhões. “Esses valores junto são maiores que a economia pretendida
com a reforma”, explica o líder do PDT.
“O grande déficit que existe hoje
é o político, é a necessidade de tirar um governo que não tem compromisso com
os trabalhadores e com as bases sociais”, disse Weverton.
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