Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília
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Presidente Jair Bolsonaro |
Ao comentar nesta terça-feira (12) a prisão de investigados
pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, o
presidente Jair Bolsonaro disse esperar que as investigações cheguem ao
mandante do crime.
Policiais da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e
promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam, na manhã desta
terça, o policial militar reformado Ronnie Lessa, e o ex-policial militar Élcio
Vieira de Queiroz suspeitos de participarem dos assassinatos da vereadora e de
seu motorista. Os crimes completam um ano nesta quinta-feira (14).
Bolsonaro foi questionado sobre o caso pela imprensa após
evento no Palácio do Planalto, em Brasília, onde ele recebeu o presidente do
Paraguai, Mario Abdo Benítez.
"Espero que realmente a apuração tenha chegado de fato a
esse, se é que foram eles os executores, e o mais importante, quem mandou
matar", disse Bolsonaro.
Foto
O presidente também foi questionado por já ter sido
fotografado ao lado de um dos policiais presos na operação desta terça. Ele
disse que já foi fotografado ao lado de muitos policiais.
"Tenho foto com milhares de policiais civis e militares,
com milhares no Brasil todo", declarou Bolsonaro.
Ataque em MG
O presidente afirmou ser possível que haja um mandante dos
assassinatos de Marielle e Anderson, e que também está interessado em saber
quem mandou matar ele.
"É possível que tenha um mandante. Eu conheci a Marielle
depois que ela foi assassinada. Não conhecia ela, apesar dela ser vereadora lá
com meu filho no Rio de Janeiro. E também estou interessado em saber quem
mandou me matar", afirmou.
Bolsonaro sofreu um atentado à faca em setembro do ano
passado, durante um ato de campanha, na cidade de Juiz de Fora (MG). Depois de
ter abdômen perfurado no ataque, Bolsonaro passou por três cirurgias.
No mesmo mês do ataque, a PF abriu e concluiu a primeira
investigação sobre o caso. Segundo o relatório da PF, Adélio Bispo de Oliveira,
que confessou o crime, agiu sozinho. Um segundo inquérito foi aberto para
apurar possíveis conexões de Adélio, pessoas que podem ter ajudado o agressor a
planejar o crime.
Na semana passada, um laudo feito por peritos indicados pela
Justiça Federal apontou que Adélio sofre de uma doença mental. Segundo o
documento, Adélio não pode ser punido criminalmente pelo fato.
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