Por Redação, de Veja
A expectativa é que a cirurgia tenha uma duração de duas a
três horas. (Isac Nóbrega/PR/Divulgação)
A cirurgia do presidente Jair Bolsonaro chegou ao fim após
cinco horas de procedimento. Iniciada por volta das 7h35, a operação realizada
neste domingo (8) no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, foi concluída às
12h40.
De acordo com o boletim divulgado pela equipe médica, o
procedimento foi bem-sucedido. “A técnica utilizada foi a Herniorrafia
Incisional com implantação de tela. O paciente fará sua recuperação no
apartamento e apresenta quadro clínico estável. Por orientação médica, estará
com visitas restritas nesse momento”, diz o documento.
Em coletiva de imprensa realizada no hospital, o cirurgião
Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, chefe da equipe médica, afirmou que a
cirurgia foi longa porque o intestino estava bastante aderido à parede
abdominal, mas que não houve qualquer complicação durante o procedimento.
A partir de amanhã (9), o presidente deverá iniciar uma dieta
líquida. A previsão é que a recuperação aconteça em cerca de cinco dias e que
ele possa viajar em até dez dias. Ainda segundo Macedo, cerca hérnias deste
tipo ocorrem em até 10% das laparostomias.
Há chance de recidiva, ou seja, de outra hérnia. Mas, segundo
Macedo, é muito pequena – cerca de 6%. Os filhos e a primeira dama puderam
acompanhar a cirurgia. Eles ficaram em uma sala do lado de fora do centro
cirúrgico, mas que permitia ver dentro da sala.
De acordo com a equipe do presidente, em informação dada
durante o procedimento, a cirurgia corria de forma tranquila. A previsão
inicial da equipe média era que a operação tivesse de duas a três horas de
duração – duas a menos que o resultado final.
A hérnia é resultado do enfraquecimento natural da parede
abdominal depois de sucessivos procedimentos invasivos. Esta é a quarta
intervenção à qual Bolsonaro se submete desde a facada sofrida durante a
campanha eleitoral no ano passado.
Infecções ou excesso de esforço físico podem contribuir para
dificultar a cicatrização — Bolsonaro, lembre-se, desfilou montado em um cavalo
quarto de milha, galopando, durante evento em Barretos, interior de São Paulo.
A operação é considerada de médio porte e será a “céu aberto”
— não por laparoscopia. O cirurgião devolve o órgão que está saindo e fecha a
abertura. Durante o procedimento, o médico pode optar por usar uma prótese, uma
espécie de tela, para reforçar o local.
Bolsonaro deverá manter uma dieta totalmente líquida nas
primeiras 24 horas após a cirurgia. E nos dois dias seguintes consumir
alimentos pastosos.
(Com Estadão Conteúdo)
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