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Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) e o deputado Waldir Maranhão |
O deputado federal Waldir
Maranhão (PP) fez uma revelação a O Estado de S. Paulo que deixou ressabiados
membros do grupo político liderado pelo governador Flávio Dino (PCdoB).
Waldir afirmou ter interesse na
disputa pelo Senado da República e afirmou ao veículo que teve a vaga prometida
pelo governador do estado, em troca de seu voto contra a admissibilidade do
processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Ocorre que no grupo de Dino há
também outros interessados na disputa, para apenas duas vagas que serão
abertas. O deputado federal Weverton Rocha (PDT), o deputado federal José
Reinaldo Tavares (PSB) e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado
Humberto Coutinho (PDT), que apesar do silêncio, tem sido citado por aliados.
Mas, a reflexão a qual a coluna
se propõe na edição de hoje, diz respeito também a outro fator, não menos
importante, e instigante, em todo esse contexto.
A habilidade [ou falta dela] na
articulação política de Flávio Dino.
Oferecer apoio na disputa do
Senado dois anos antes da eleição – àquela altura do campeonato -, ao polêmico
Waldir Maranhão, em troca de um voto no processo de impeachment da petista,
somente escancara hoje o desespero do governador naquela ocasião, para tentar
mostrar-se articulado a então presidente Dilma e ao ex-presidente Lula (PT).
Ora, Dino não havia conseguido
mobilizar a bancada federal contra o processo nos seis meses que antecederam a
apreciação da matéria. Fixou-se em Brasília na semana decisiva e acreditou que
oferecendo o seu “prestígio político” ao controverso Waldir, reverteria o
quadro.
Resultado: saiu como um dos
governadores mais derrotados daquele processo. Dos apoiadores de Dilma, foi o
governador que talvez conseguiu apresentar menor número de votos de bancada à
petista.
A promessa de apoio ao Senado ao
vice-presidente da Câmara foi, na verdade, a última cartada do governador
naquela fatídica semana.
E a fatura já está sendo cobrada…
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