Piauí está fora da área de risco
da doença
O Ministério da Saúde está com
uma campanha informativa sobre a febre amarela com o slogan “Informação para
todos e vacina para quem precisa”. A pasta esclarece quem precisa se vacinar em
virtude do risco de contágio da doença.
A campanha explica que, em geral,
não há necessidade de vacinação de todos. A recomendação é para aqueles que
vivem ou irão viajar para áreas afetadas pela febre amarela. Nesse caso, a
pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima para tomar a vacina. “Os
viajantes que forem para áreas com recomendação de vacina e que não completaram
o esquema de duas doses, a recomendação é que seja vacinado pelo menos dez dias
antes da viagem, tempo que a pessoa leva para criar anticorpos e ficar
devidamente protegida. Quem tomou a primeira dose há menos de dez anos não
precisa adiantar o reforço”, explica Amariles Borba, diretora de Vigilância em
Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
Neste momento precisam estar
imunizadas pessoas que vão viajar para regiões que estão registrando casos da
doença: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, oeste da Bahia, além do
noroeste do Rio de Janeiro, que está localizado na divisa com áreas que têm
registros de casos. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação de rotina
é oferecida em 19 estados com recomendação para imunização. Atualmente, o
esquema de vacinação da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos
quanto para crianças.
“As crianças devem receber as
vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está
garantida para o resto da vida. Dos seis aos nove meses de idade incompletos a
vacina está indicada somente em situação de emergência epidemiológica ou viagem
para área de risco”, informa Amariles Borba.
Para adultos, que não tomaram as
doses na infância, a orientação é uma dose da vacina e outra de reforço, dez
anos depois da primeira. As recomendações são apenas para as pessoas que vivem
ou viajam para as áreas de recomendação da vacina. A população que não vive na
área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas, não precisa buscar a
vacinação neste momento.
Quem perdeu o cartão de vacinação
deve procurar o serviço de saúde que costuma frequentar e tentar resgatar o
histórico. Caso isso não seja possível, a recomendação é iniciar o esquema
normalmente. Portanto, pessoas a partir de cinco anos de idade que nunca foram
vacinadas ou sem comprovante de vacinação devem receber a primeira dose da
vacina e um reforço, dez anos depois. Vale destacar que a situação de saúde
deve ser informada ao profissional de saúde, para que seja possível avaliar se
há contraindicação.
CONTRAINDICAÇÃO
A vacina é contraindicada para
crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres
que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e
pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de
surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o
benefício e o risco da vacinação para estes grupos, levando em conta o risco de
eventos adversos.
Outra recomendação é que a vacina
para febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina tríplice
viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (que
inclui proteção contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Se a criança
tiver alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso, ela pode tomar
junto com a febre amarela, com exceção da tríplice viral ou tetra viral. A
criança que não recebeu a vacina para febre amarela nem a tríplice viral ou
tetra viral e for atualizar a situação vacinal, a orientação é receber a dose
de febre amarela e agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para
30 dias depois. Fonte: Semcom
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