Do Blog do Sabá
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Agente da Polícia Federal, Isnardo Franciolli |
O juiz João Pereira Neto,
respondendo pelo plantão criminal em Caxias, decretou a prisão preventiva do
agente da Polícia Federal, Isnardo Franciolli Guimarães dos Santos, autuado em
flagrante pela morte do tenente José Ramos Correia Júnior, crime ocorrido na
noite de sábado para domingo (16) no centro da cidade.
Com a medida, o policial federal
deve continuar preso “para fins de garantia da ordem pública, para assegurar a
aplicação da lei penal e por induvidável necessidade processual”, afirma o juiz
João Pereira Neto em sua decisão.
O fato do autor do crime, um
experiente agente da PF, ser treinado para enfrentar situações de risco, também
foi citado na decisão do magistrado.
“Contudo, as regras de experiências do que
ordinariamente acontecem devem ser pautadas por critérios objetivos e idôneos,
sobretudo quando a pessoa supostamente ameaçada por conduta de outrem é um
destacado Agente da Polícia Federal, como o indiciado, com larga experiência
sobre como se defender de um risco real ou presumido”, cita o juiz que
vislumbra que o autor “parece ter agido sem a necessária cautela para enfrentar
a situação de perigo que lhe acorria, pois tão logo a vítima desceu do veículo
já foi logo sendo baleada, atingida em região de notória e evidente letalidade,
por conta de disparo efetuado pelo indiciado”.
Numa decisão bastante
fundamentada, João Pereira Neto quis garantir a ordem pública ao decretar a
prisão do acusado para que sua liberdade não colocasse em risco a tranquilidade
e a paz social.
“Nessa esteira, não tenho
dúvidas, a liberdade prematura coloca em risco a tranqüilidade e a paz social,
mostrando-se a prisão cautelar medida essencial para a garantia da ordem
pública, para a aplicação da lei penal, e decerto para a conveniência da
(futura) instrução probatória, a fim de garantir-se a regular coleta de provas,
sem qualquer influência de ânimos, até porque as partes envolvidas pertencem a
briosas instituições federais”, afirma o magistrado finalizando: “Ante o
exposto, de acordo com o parecer do Ministério Público Estadual, homologo o
Auto de Prisão em Flagrante, ao tempo em que CONVERTO em Preventiva a prisão
flagrancial lavrada contra Isnardo Franciolli Guimarães dos Santos, Agente da
Polícia Federal, para fins de garantia da ordem pública, para assegurar a
aplicação da lei penal e por induvidável necessidade processual”.
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Corpo do tenente do Exército Jpsé Ramos Correia Júnior (Foto: Blog do Sabá) |
Policial federal mata
tenente do Exército na cidade de Caxias
Crime aconteceu após discussão no
trânsito.
José Ramos Jr. foi morto com um
tiro no peito.
Do G1 MA
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José Ramos Jr. foi morto com um
tiro no peito
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Uma discussão no trânsito no
centro da cidade de Caxias, a 360 km de São Luís, terminou em morte na noite de
sábado (15). O crime envolveu um escrivão da Polícia Federal e um tenente do
Exército.
O crime aconteceu em frente à uma
pizzaria no centro de Caxias. A vítima, o 2º tenente do Exército José Ramos Correia
Júnior, havia parado o carro no meio da rua para falar com um amigo. Em outro
carro, logo atrás, estava o policial federal, Isnardo Franciolli que buzinou
pedindo passagem.
De acordo com a polícia, o
militar teria colocado a mão pra fora do carro, fazendo um gesto obsceno.
Então, o polical federal então do veiculo, e deu tapas no rosto de José Ramos
Jr. Os dois começaram uma discussão, já no meio da rua, quando o militar teria
sacado uma arma. O policial federal também sacou uma pistola e atirou no peito
do tenente.
José Ramos foi levado para este
hospital, onde já chegou sem vida. Ele tinha 23 anos de idade e estava no
Exército há 2 anos. Segundo a polícia civil, que investiga o assassinato, no
carro dele foi encontrada uma pistola.
Isnardo Francioli, de 39 anos,
não deixou o local do crime até a chegada da polícia. Ele foi conduzido para o
1º Distrito Policial, onde prestou esclarecimentos. A Polícia Civil abriu um
inquérito para investigar o caso.