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Ulysses Waquim, do PMDB de Timon |
Em entrevista ao Blog do Ludwig na
última terça-feira (18), o ex-candidato a
vice-prefeito de Timon, Ulysses
Waquim (PMDB) fez avaliações sobre o novo cenário político após as eleições
municipais e fez questão de opinar sobre a
gestão do comunista Flávio Dino que
classificou como péssima. "O governo Flávio Dino não apresentou novas
conquistas, massacra a classe política e, até o momento, sua gestão apenas
utiliza os recursos do BNDES garantidos pelo governo passado".
Sobre seu futuro político e a
participação nas eleições de 2018, Ulysses Waquim disse que se for escolhido
como candidato não irá fugir da missão.
Confira abaixo a íntegra da
entrevista de Ulysses Waquim ao Blog do Ludwig:
Qual sua avaliação sobre os resultados das eleições em Timon?
Os resultados das eleições
municipais neste ano nos mostraram que estamos no rumo certo para traçar novos
projetos políticos fazendo uma oposição séria e comprometida.
Nossa chapa teve uma votação
importantíssima. A oposição foi a que mais cresceu e temos 44% da população que
disse não a essa forma de gestão hoje praticada no Município.
A oposição mesmo não obtendo êxito nas eleições para prefeito conseguiu
aumentar a base na Câmara de Vereadores. Qual sua opinião sobre esse caso?
A eleição de uma base forte de
oposição demonstra o anseio da população por uma Câmara que possa ser mais
atuante e fiscalizadora do governo municipal. A oposição também fez a vereadora
mais votada da cidade, Professora Socorro Waquim, o que demonstra a importância
que a oposição tem para o eleitorado da cidade.
O Senhor teve uma nova experiência nestas eleições municipais diferentes
das outras que atuava nos bastidores, se dispôs ser o candidato a vice-prefeito
pela oposição. Qual lição que o Senhor tirou disso?
Convivo com o meio político desde
que nasci e tenho participação na vida política-partidária em Timon desde minha
adolescência. Fundei o primeiro diretório partidário voltado para os jovens em
Timon: o PMDB-Jovem. Fui secretário de esportes e cultura realizando muitas
ações marcantes na cidade. Em eleições
anteriores, contribui para a coordenação de muitas campanhas vitoriosas, mas
não tinha sido candidato. Nessas eleições, a oposição (12 partidos) confiou a
mim a missão de disputar as eleições como candidato a vice-prefeito e eu sou
muito grato. Foi uma experiência engrandecedora em que pude andar de casa em
casa e isso nos mostrou que estamos no caminho certo. A acolhida das pessoas ao
longo dessa caminhada nos confirma que a bandeira da nova política que
defendemos tem sim espaço, por isso continuaremos firmes nesse caminho. A lição
aprendida é que sempre há novos caminhos e novas histórias.
Sobre o PMDB, o Senhor pensa em permanecer filiado nele?
A nossa pretensão é sim
continuarmos filiados ao PMDB.
O Senhor tem algum plano para as eleições de 2018 no caso de participar
como candidato?
Em 2018 nosso grupo escolherá um
bom nome. Se for escolhido, não fugirei dessa missão. A oposição mostrou a sua
força e, com certeza, apresentará candidatos fortes para disputar o próximo
pleito.
O grupo da ex-governadora Roseana Sarney se ausentou de vários
municípios nestas eleições ao não apoiar de alguma forma seus aliados. Em 2018,
o Sr. pretende acompanhar as orientações políticas de Roseana Sarney ou é a
favor do surgimento de um novo grupo político no Maranhão?
Primeiramente, esclareço que as
posições que temos tomado em Timon são decisões orientadas pelas lideranças
locais, que são as que acompanham a nossa realidade e conhecem a política
timonense. Sou do PMDB e respeito às lideranças políticas do partido, mas vejo
abertura para novos projetos que tenham como interesse maior o bem da cidade de Timon. Em 2018,
continuaremos com a mesma postura. Atualmente somos oposição em âmbito estadual
e continuaremos nos articulando nesse sentido.
Finalizada as eleições municipais, qual o papel que o Senhor planeja
desempenhar em Timon?
Passadas as eleições,
continuaremos sendo oposição firme e responsável no Município. Faremos uma
oposição não à pessoa do prefeito, mas às suas "velhas práticas" que
não são comprometidas com o povo de Timon. Enquanto isso, também estaremos nos articulando para os
futuros projetos políticos da nossa cidade.
Qual sua avaliação do governo Flávio Dino? E a gestão do comunista tem
sido satisfatória em Timon?
Péssima. O governo estadual não
avançou na Segurança, na Saúde e em outros setores essenciais. Em Timon, hoje
temos como exemplo a UPA funcionando precariamente e a insegurança que tomou de
conta da cidade. O Timonense sabe que não pode mais sair tranquilo de casa e
nem ser atendido dignamente pelos serviços oferecidos pelo Estado. Aqui,
apareceu asfalto na semana da eleição e, após a eleição, as máquinas para
asfaltamento voltaram para a capital. Em resumo, o governo Flávio Dino não
apresentou novas conquistas, massacra a classe política e, até o momento, sua
gestão apenas utiliza os recursos do BNDES garantidos pelo governo passado.
Durante o processo eleitoral surgiu à informação sobre indícios de
irregularidade na prestação de contas da campanha identificados por órgãos
fiscalizadores do atual prefeito Luciano Leitoa. O que você tem a dizer sobre
isso?
O atual prefeito está sendo
investigado em procedimento instaurado pela própria Justiça Eleitoral, em que
reiteradas vezes o prefeito tenta desvirtuar a verdade, colocando que este
procedimento é fruto da nossa coligação, o que é uma GRANDE MENTIRA. A Justiça
apontou mais de 2.899 indícios de irregularidades nas contas parciais do
prefeito, pois esse número pode aumentar. O Tribunal Superior Eleitoral por
diversas vezes, como temos acompanhado, já se manifestou pela preocupação com o
tema justamente porque tais práticas mostram Corrupção e Fraude ainda recorrente
para muitos políticos.
Em Timon, essas irregularidades
nos mostram a falta de comprometimento com a legalidade e a transparência. Por
isso, defendemos uma nova política que não aceite essas práticas e combata com
firmeza corrupção.